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Teste do vôlei de praia tem improvisos envolvendo ex-pupila de Bernardinho

3 set 2015 - 06h14
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O primeiro dia do Rio Open, etapa do Circuito Mundial de vôlei de praia e evento-teste da modalidade para os Jogos Olímpicos Rio-2016, teve situações atípicas para uma atleta que já foi campeã da Superliga sob o comando do técnico Bernardinho.

Carol deixa a competição auxilada pelo namorado e também atleta Rodrigo Bernat
Carol deixa a competição auxilada pelo namorado e também atleta Rodrigo Bernat
Foto: Divulgação / FIVB

Carol Won-Held, de 23 anos, é figura cada vez mais presente nas competições da elite do esporte das areias. Depois de deixar as quadras, nas quais treinou durante uma temporada com a equipe da Unilever (hoje Rexona-Ades), e foi campeã nacional da temporada 2010/2011, a carioca retornou ao seu ambiente de origem no ano passado e, aos poucos, vem buscando espaço.

Mas a expectativa de fazer bonito na Praia de Copacabana, que vai receber as melhores duplas do mundo na Olimpíada, não foi tão bem atendida. Ela precisou arranjar uma parceira de última hora para disputar o qualificatório do torneio, já que a companheira Thais sofreu um trauma nos joelhos ao se chocar com outra atleta. Roberta, que treina com Carol, foi chamada às pressas.

Não era o cenário mais confortável, mas, para quem só quer aproveitar cada oportunidade de estar entre os grandes, valia a pena. O problema é que, além de tudo, Carol chegou ao torneio saber nada sobre o regulamento. A preocupação era só conseguir jogar. Ela aprendeu tudo em cima da hora. E a equipe improvisada até começou bem. Na estreia, venceu as chinesas Wang e Tang por 2 a 0 (23-21, 21-16).

Na segunda partida, no entanto, a dupla improvisada teve de dar adeus à disputa. Logo no início do confronto contra as americanas McGuire/Dowdy, que poderia garantir a classificação à fase de grupos, Carol sofreu uma contratura na coxa direita e foi obrigada a entregar a vaga às rivais.

– Viemos sem obrigação, para fazer nosso melhor. Não tínhamos batido bola juntas nenhuma vez para esse torneio, mas nos conhecíamos. Ela teve meia hora para assinar documentos, arrajar atestado médico – contou Carol.

Além de ter passado pelo time de Bernardinho, a jogadora, que era ponteira, disputou Superligas por Minas e São Bernardo. A decisão de largar o vôlei de quadra, em 2014, foi motivada por uma ruptura de ligamento cruzado do joelho esquerdo. Ela foi operada, mas a lesão voltou. Sua equipe na época, o extinto Barueri, não aceitou pagar o tratamento e dispensou a atleta. 

– Comecei na areia, com 10 anos, e até os 15 joguei praia e quadra, disputei Mundiais. Mas, aos 16, fui para o Rexona, treinar com o Bernardinho, e decidi ficar na quadra. Mas depois da lesão voltei. Sempre gostei mais do vôlei de praia, mas faltava incentivo, investimento – falou Carol, que foi operada pela segunda vez de graça por seu médico particular.

O responsável por trazer a atleta e volta para a areia definitivamente foi o preparador físico Marcinho. Aos poucos, as oportunidades foram se abrindo. Hoje ela só quer evoluir debaixo de sol, com vento e ao lado do mar. E até mantém contato com Bernardinho, que incentiva a mudança.

– Gosto muito dele. Nós moramos perto um do outro, então às vezes nos encontramos. Ele me apoiou quando fui para a praia. Até me deu parabéns quando fui campeã!

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