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Tostão, o maior do Cuzeiro: veja um raio-x do eleito da torcida

17 jul 2015 - 16h11
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Eduardo Gonçalves de Andrade. Ou simplesmente Tostão. O ex-ponta de lança foi eleito o maior ídolo da história do Cruzeiro em eleição realizada pelo LANCE!. Maior artilheiro da história da Raposa, com 245 gols em 383 partidas entre 1963 e 1972, ele desbancou, com 25% dos votos, outros craques históricos, como Dirceu Lopes (20%), seu contemporâneo no clube, Fábio (18%), Sorín e Alex, ambos com 17%. O fato foi recebido com satisfação pelo ex-jogador, que entrou para o hall da fama cruzeirense no fim do ano passado.

– Minha satisfação em ter esse reconhecimento é muito grande. Ainda mais pelo fato de eu ser um ídolo antigo. Parei de jogar há mais de 40 anos. Tem uma turma jovem que já ouviu falar da minha época, mas eles conhecem os mais jovens, os dos últimos dez, quinze anos. Fico muito feliz por essa condição. Tive sorte de jogar numa época em que o Cruzeiro tinha um grande time, com grandes jogadores – disse Tostão, ao LANCE!.

O início de Tostão foi no futebol de salão do Cruzeiro, em 1961. Em 1962, com apenas 15 anos, ingressou no time júnior da Raposa e, na mesma temporada, foi para o América-MG. O Cruzeiro foi buscar o futuro ídolo no Coelho logo no ano seguinte, quando Tostão começou a escrever seu nome na história do clube. A dupla com formada com Dirceu Lopes na Raposa é, até hoje, reconhecida como, uma das maiores do futebol brasileiro.

Tostão foi um dos jogadores fundamentais para a Raposa conquistar a Taça Brasil de 1966, que viria a ser reconhecida como Campeonato Brasileiro em dezembro de 2010, diante do Santos de Pelé, Pele, Zito & Cia. O Alvinegro havia conquistado as cinco Taças Brasil anteriores, ostentava duas Libertadores e dos Mundiais e era vista como favorito. O time de garotos do Cruzeiro venceria o primeiro jogo, no Mineirão, por 6 a 2, entrando para a história. Tostão ganharia a alcunha de "Rei Branco" após o jogo. Na volta, no Pacaembu, triunfo, de virada, por 3 a 2, e título para a Raposa de Tostão.

– Meu maior momento pelo Cruzeiro foi a Taça Brasil de 66, mais conhecido como Campeonato Brasileiro. Vencemos o melhor time do mundo no Mineirão por 6 a 2 e, no Pacaembu ganhamos, de virada, por 3 a 2. Ganhamos do melhor time do mundo, que tinha o melhor do mundo em campo – destacou o ex-ponta de lança e centroavante Tostão.

ARTILHARIAS DE SOBRA PELO CRUZEIRO

O maior goleador da Raposa está na história como o único jogador a ter sido quatro vezes seguidas artilheiro do Campeonato Mineiro, feito alcançado nos Estaduais de 1965, 1966, 1967 e 1968. Estaduais conquistas pelo Cruzeiro, que ainda seria campeão da edição de 1969 com Tostão. Na condição de atleta da Raposa, Tostão ainda foi o artilheiro do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, que também viria a ser reconhecida como Brasileirão, com 12 gols.

Tostão encerrou a carreira com apenas 27 anos, sob o risco de ficar cego do olho esquerdo. Em 1969, ele foi atingido no local por um chute do zagueiro Castañas, do Millonarios, da Colômbia, quando defendia a Seleção Brasileira. O diagnóstico apontou deslocamento da retina. Pouco tempo depois, foi atingido no mesmo local por uma bolada de Ditão, zagueiro do Corinthians, em jogo do Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Operado nos Estados Unidos, voltou a ter condições de jogo pouco antes da Copa de 1970. Copa em que se destacaria.

Em 1974, Tostão deixou o futebol com o risco de perder a visão do olho esquerdo. Ele viria a ser conhecido como Eduardo Gonçalves de Andrade após se formar médico, em 1981 pela Escola de Medicina da UFMG, confirmando a condição de atleta culto, que tinha predileção pelos livros. Após exercer a profissão, o ídolo cruzeirense que ainda defendeu o Vasco, passou a mostrar talento como comentarista e colunista.

TOSTÃO COM A CAMISA DO CRUZEIRO

JOGOS: 383; GOLS: 245 

ESTREIA: Cruzeiro 2 x 1 Siderúrgica, 4/4/1963

ÚLTIMO JOGO: Cruzeiro 2 x 2 Nacional de Uberaba, 5/4/1972

TÍTULOS: Campeonato Mineiro (1965, 1966, 1967, 1968 e 1969) e Taça Brasil de 1966

ARTILHARIAS: Mineiro (1965, 1966, 1967 e 1968) e Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970

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