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Zico diz ser zebra perante Platini e critica processo eleitoral da Fifa

1 ago 2015 - 11h15
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Um dos nomes já confirmados como candidatos à presidência da Fifa, marcada para o dia 26 de fevereiro de 2016, Zico criticou o processo eleitoral da entidade máxima do futebol mundial. Em entrevista ao UOl Esporte, o ex-camisa 10 do Flamengo e da Seleção Brasileira afirmou não ser favorável ao sistema atual, em que o candidato precisar ter apoio de pelo menos cinco confederações nacionais para concorrer ao cargo.

Zico e Marco Polo Del Nero na sede da CBF
Zico e Marco Polo Del Nero na sede da CBF
Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Antes crítico da gestão da CBF, o Galinho de Quintino, que a partir de setembro será técnico do Goa FC, da Índia, disse ainda que o apoio que terá de Marco Polo del Nero, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, não irá prejudica-lo, mesmo que a entidade esteja envolvida em uma série escândalos e investigações.

"Eu acho que não (escândalos não podem atrapalhar), o que eu não sou favorável sempre disse isso é a forma de você ser o candidato. Eu acho que você tem de apresentar a sua história, olha ela está aqui, a minha história no futebol é esta, então eu posso ser candidato por isso, não ser indicado por A ou B, por federação. Eu não sou favorável a isso, quem vai votar lá não é porque quem está me dando apoio é a CBF e Índia. O cara que vai lá querer o meu apoio quer saber quem eu sou, da minha história, do meu histórico, eu vou por isso. A gente tem de apenas cumprir o regulamento da Fifa, então tem que fazer isso - afirmou Zico, justificando sua opinião:

- Eu particularmente não sou favorável a isso, eu acho que entrando na FIFA era uma das mudanças que eu gostaria de fazer, porque deste jeito, começa cortar pessoas que tem capacidade para estar num cargo como este entendeu.

Além de Zico, outros dois nomes já confirmaram que irão concorrer ao cargo de presidente da Fifa. Um deles, o franês Michel Platini, atualmente presidente da UEFA, é favorito na disputa, na opinião de Zico.

- Quem está numa presidência da UEFA, uma Conmebol, digamos quem está comandando de um continente, e se candidata, a possibilidade é muito maior. Eu seria a zebra porque eu sou o único que não tem nada, que não tem ligação nenhuma com nada, eu não participei de comitê da Fifa, não sou presidente de Conmebol, Concacaf, de UEFA e todos estes que se apresentaram tem algo. Então, eu largo dos boxes, agora a gente envia as cartas e vamos ver o que acontece - afirmou Zico.

Para conseguir os apoios que necessita para registrarU sua candidatura, Zico afirma ainda que espera ter apoio de federações de países nos quais trabalhou seja como técnico ou jogador.

- Eu envio as cartas para todas as federações, lógico que a principal é Japão, eu tenho estado no Japão e apoiei o Japão neste tempo todo que ele está aí candidato numa série de coisas. Então, eu espero que eu possa ter uma palavra positiva deles e que eles possam me ajudar. Além do Brasil, eu não tenho nenhuma dessas, mas acredito na Índia, Japão e Turquia. A Itália já foi no Platini, tem o Uzbequistão, tem que ver aqui também na América do Sul, América Central - explicou Zico, destacando que o voto em bloco será um complicador:

- O grande problema nestas situações é que existe aqueles famosos votos em bloco. Digamos que a Conmebol, pelo o que o Del Nero falou o Brasil saiu do bloco, o Platini é muito ligado ao presidente da Conmebol e o presidente da Conmebol pode chegar e falar todo mundo está com o Platini, pronto acabou. Aí vem o outro lado da Ásia, e o coreano chega a Ásia está toda comigo por exemplo, então pronto, acabou. Os caras não vão direcionado cada um com o seu pensamento é o bloco que pode decidir, é o costume de hoje.

Além de Zico e Platini, o empresário o sul-coreano Chung Mong-Joon é outro que afirmou que será candidato à presidência da Fifa. O ex-craque argentino Diego Maradona, um dos maiores críticos do grande poder da entidade no futebol mundial nas últimas décadas, garante que irá se candidatar também.

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