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Atletismo

"Lei antigay" provoca sugestões de boicote a Sochi; COI pede explicações

10 ago 2013 - 16h38
(atualizado às 16h40)
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Protesto em Londres contou com máscaras representando o presidente russo Vladimir Putin
Protesto em Londres contou com máscaras representando o presidente russo Vladimir Putin
Foto: Reuters

A Rússia receberá a edição de 2014 dos Jogos Olímpicos de Inverno, e o evento vem lidando com uma polêmica. O país europeu aprovou recentemente lei que proíbe a "propaganda a relações sexuais não-tradicionais". Na prática, isto significa que quem realizar atos em que expressa sua orientação sexual, como paradas de orgulho gay, pode pagar multas ou até ser detido. A decisão é bastante criticada por outras nações e surge por conta dela um movimento que pede boicote à Olimpíada de 2014.

O ator, escritor e ativista britânico Stephen Fry escreveu carta em que pede ao primeiro-ministro David Cameron e ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que retirem os Jogos de Inverno da Rússia. O artista clamou que ambos não dessem ao presidente russo, Vladimir Putin, a "aprovação do mundo civilizado".

Cameron respondeu agradecendo a mensagem do artista, mas descartou a possibilidade de boicote. "Acredito que podemos desafiar melhor o preconceito estando presentes, em vez de boicotar", afirmou o primeiro-ministro britânico.

Vladimir Putin e Jacques Rogge acompanharam a abertura do Mundial de Atletismo de Moscou lado a lado
Vladimir Putin e Jacques Rogge acompanharam a abertura do Mundial de Atletismo de Moscou lado a lado
Foto: Getty Images

O discurso de Cameron é similar ao do presidente dos Estados Unidos. Em declarações à imprensa, Barack Obama rejeitou a possibilidade de que seu país desista de participar da Olimpíada. "Algo que espero muito é que alguns atletas homossexuais possam conquistar medalhas, que é algo que faria muito efeito em rebater as atitudes que estamos vendo", disse Obama.

Em Moscou para o Mundial de Atletismo, o presidente do COI, Jacques Rogge, pediu explicações à Rússia sobre a "lei antigay". O dirigente quer que a situação seja esclarecida por escrito antes que possa dar seu parecer em relação à polêmica. Ele ainda afirmou que o esporte é "um direito humano e deve estar disponível independente de raça, sexo ou orientação sexual".

Fonte: Terra
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