Aldo Rebelo destaca "tradição" de luta olímpica e aguarda explicação
O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, expressou surpresa nesta terça-feira pela recomendação da Comissão Executiva do Comitê Oímpico Internacional (COI) de não incluir a luta no programa olímpico permanente depois dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.
"Para mim é surpreendente, não conheço os critérios e nem as razões", afirmou Rebelo após ser questionado sobre o tema em entrevista em Havana, em Cuba, onde está desde sábado por conta de compromissos de trabalho.
"A luta greco-romana é uma modalidade de grande tradição nos Jogos Olímpicos. Naturalmente, o comitê deverá dar uma explicação que eu ainda não conheço", acrescentou o titular da pasta.
A decisão de propor a saída da luta do programa olímpico foi anunciada nesta terça em entrevista do diretor de Comunicação do COI, Mark Adams, ao término da primeira reunião de trabalho da Comissão Executiva em Lausanne.
A decisão causou uma grande surpresa, já que a luta não figurava nas apostas dos esportes que poderiam ficar fora da lista de 25 esportes que integram o núcleo do programa olímpico.
Adams ressaltou que esta proposta "não é o final do processo, mas se trata de recomendação da Comissão Executiva", e terá que ser ratificada na seguinte reunião que este órgão realizará, em maio, em São Petersburgo (Rússia).
"A luta se unirá à lista de sete esportes que buscam ser incluídos nos Jogos de 2020 como disciplina adicional", acrescentou.
Esses esportes são o beisebol/softbol, o caratê, a patinação sobre rodas, a escalada, o squash, o wakeboard e o wushu, cujas respectivas Federações defenderão a inclusão no programa olímpico em 2020, também perante a Comissão Executiva de maio.