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Boxe

Conheça cubano que desperta sede de vingança em Yamaguchi Falcão

8 ago 2012 - 02h13
(atualizado às 02h24)
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"Anote bem esta data, pois hoje começo minha cadeia de triunfos que culminará com o título nos Jogos Olímpicos de Londres". A declaração, bastante confiante, foi dada por Julio Cesar la Cruz Peraza em 21 de dezembro do último ano. Passados pouco mais de sete meses, quem tentará parar o cubano, atual campeão do mundo na categoria meio-pesado, em Londres é o brasileiro Yamaguchi Falcão. E o atleta nacional, filho do lendário boxeador Touro Moreno, busca revanche.

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Em outubro de 2011, os dois se enfrentaram no ringue de Guadalajara, no México, pela final da categoria nos Jogos Pan-Americanos. Quem se deu melhor foi o cubano, que venceu nos pontos, por 22 a 12, e se consagrou com um ano encantado, que terminou com 34 vitórias e apenas duas derrotas. Pouco antes, em Baku, no Azerbaijão, Peraza já tinha levado o Campeonato Mundial de Boxe Amador. Entretanto, para chegar ao 2011 mágico, "Chacha", como o cubano é chamado no mundo do boxe, penou muito e até passou por dificuldades.

Nascido na cidade de Camagüey - que já revelou quatro campeões mundiais do boxe - em 11 de agosto de 1989, Peraza começou no esporte aos seis anos de idade. Filho do treinador cubano de boxe Ramiro Basulto, o atual campeão mundial deu os primeiros passos no Ginásio Casino, em Camagüey, sob o comando do técnico Barbaro Guaso. Contou com o apoio tanto de Guaso quanto de seu pai para chegar aos primeiros triunfos na modalidade.

Com 18 anos, o boxeador cubano ganhou o torneio Playa Girón e atraiu a atenção da equipe nacional. Começou a treinar na Escola Nacional de Boxe e participou do time cubano que tentou ir aos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, marcado pelo ineditismo da falta de medalhas de ouro para o país, tradicional na modalidade. Foi crucificado pela imprensa e expulso do time nacional no ano seguinte, decisão que considera a "maior injustiça da carreira".

Julio Cesar la Cruz Peraza só voltaria a fazer parte do time que representa Cuba em competições internacionais no ano de 2010. Desta vez, com aulas do treinador Raul Fernandez, a quem considera o responsável pela sua ascendência na carreira. Fernandez, que diz só treinar "campeões", fez do boxeador, considerado apenas defensivo na época, um atleta ofensivo e agressivo. E, realmente, um campeão mundial.

Com o desempenho de 2011, Peraza foi eleito o melhor atleta de Cuba e o maior boxeador das Américas. O esportista, que faz aniversário no próximo sábado, um dia antes da final olímpica de sua categoria, quer de presente a medalha de ouro em Londres. Para isso, terá que passar por cima do sonho de uma medalha do brasileiro Yamaguchi Falcão, que já viu seu irmão Esquiva conquistar ao menos o bronze na capital britânica. A luta, marcada para as 18h30 (de Brasília) desta quarta, promete.

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Na final do Pan 2011, Julio la Cruz Peraza (esq) venceu Yamaguchi (dir), que agora busca revanche
Na final do Pan 2011, Julio la Cruz Peraza (esq) venceu Yamaguchi (dir), que agora busca revanche
Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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