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Boxe

Luta de Pacquiao traz momento de união às Filipinas

2 mai 2015 - 11h32
(atualizado às 11h32)
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Das salas de reunião com ar condicionado aos ginásios públicos lotados e cheios de energia, os filipinos estão contando as horas para a luta do ídolo local Manny Pacquiao diante do invicto norte-americano Floyd Mayweather Jr. em Las Vegas.

A luta pelo título mundial dos meio-médios, que está sendo chamada de "luta do século", vai parar o país neste domingo e marcar um raro momento de união na nação do sudeste asiático.

"Nós esperamos que os rebeldes maoístas e os extremistas islâmicos parem para assistir à luta entre Pacquiao e Mayweather", disse o tenente-coronel Harold Cabunoc, porta-voz do Exército, acrescentando que grandes telões serão instalados em bases militares, incluindo áreas de conflito.

"Os filipinos estão todos unidos pelo nosso herói. Estamos todos torcendo por Manny. Esperamos um dia pacífico, sem crimes, sem brigas."

Pacquiao é tenente-coronel da reserva das forças armadas.

Até mesmo um bolo de chocolate de 70 kg com o tamanho real de Pacquiao, que demorou duas semanas para ser preparado, foi exibido neste sábado em Manila, e os pedaços dele serão distribuídos após a luta.

Cinemas e restaurantes já estão com entradas esgotadas para a decisão, e até mesmo prisioneiros do presídio de Saranggani terão a chance de assistir ao duelo.

O taxista Manolo Garcia disse que irá parar por algumas horas para ouvir a luta pelo rádio.

"Pode perder ou ganhar, eu sou Manny Pacquiao", disse. "Vou rezar por ele, vou rezar por sua vitória. Deus está ao lado dele."

Analistas de boxe locais dizem que a pressão está toda com Mayweather, que quer preservar imaculado seu cartel de lutas profissionais.

Um saco de pancadas virtual instalado há três semanas pela ABS-CBN, maior rede de televisão das Filipinas, já recebeu mais de 86 milhões de socos em Manila, em iniciativa para apoiar e transferir energia para o campeão mundial em oito categorias Manny Pacquiao.

A rede de distribuição elétrica Manila Electric Company já assegurou aos seus consumidores que não haverá apagões no dia da luta, mas os geradores de energia alocados na ilha de Mindanao podem não ser capazes de atender à demanda de eletricidade.

"Queremos evitar uma revolta aqui. Estamos preparados para isso", disse Maria Cora Tito, agente de turismo na cidade de General Santos, enquanto mostrava à Reuters um gerador reserva de energia.

(Por Manuel Mogato)

((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751)) REUTERS RS

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