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Boxe

Mayweather: "Fui o mais inteligente no ringue"

3 mai 2015 - 06h14
(atualizado às 06h14)
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O pugilista americano Floyd Mayweather Jr., que manteve sua condição de invicto após vencer por decisão unânime o filipino Manny Pacquiao, em luta de unificação do título de meio médio, disse que sua vitória foi porque voltou a ser o "mais inteligente" no ringue.

"Nada do que Pacquiao fez me surpreendeu porque é a mesma coisa que o que fizeram os últimos rivais, saíram com a intenção de encaixar um grande número de golpes, mas meu boxe defensivo o impediu e aí acabou tudo", declarou Mayweather, que espera ter um lucro próximo a US$ 200 milhões da denominada "luta do século".

Em relação ao impacto econômico, à espera de que se conheçam dentro de várias semanas toda a receita relacionada com a televisão por assinatura, não resta nenhuma dúvida de que é a maior arrecadação tanto por bilheteria (US$ 70 milhões), como pela quantia que receberá cada boxeador, US$ 200 milhões para Mayweather, e cerca de US$ 100 milhões para Pacquiao.

Como se esperava em uma decisão dos juízes, todos deram a vitória para o boxe de Mayweather, que se limitou a se movimentar pelo ringue, usar seu direto de esquerda e encaixar os golpes, pouco contundentes, mas de grande efeito na hora de receber pontos.

"Tiro o chapéu para Pacquiao e agora compreendo por que está entre os melhores do boxe", destacou Mayweather. "Sabia que ia me pressionar, que queria ganhar alguns assaltos, mas só quando senti alguns golpes contundentes então reagi, ajustei algumas coisas e tudo foi normalidade".

Mayweather reconheceu que a luta não foi brilhante, mas muito inteligente de sua parte, e que no final o que conta é saber ganhá-la.

"Acho que a vitória veio em parte pelos erros de Pacquiao e também pelos meus acertos na estratégia e nos conselhos que me davam no córner", destacou Mayweather, que agora tem marca de 48 vitórias, 26 por nocaute. "Sem seus conselhos não estaria onde estou agora".

"Sou um pugilista máquina de calcular, meu rival era duro, agressivo, e tive que tomar meu tempo até que ficou estabelecido o que tinha que fazer no ringue", explicou Mayweather. "Pacquiao é um grande campeão, demos o melhor esta noite".

Embora os 16.500 torcedores que foram vê-los no MGM Grand Garden Arena, de Las Vegas, não tenham tido a mesma visão e especialmente pela maneira como vaiavam o campeão invicto quando respondia às perguntas da televisão.

"É certo que quando for escrito nos livros de boxe sobre o que foi a luta se dirá que valeu a pena a espera", destacou "Money" Mayweather.

"Tenho uma luta mais, minha última será em setembro, tem tempo para eu descansar. Tenho quase 40 anos e estou no esporte há 19, fui campeão durante 18, e portanto me sinto abençoado", revelou Mayweather, que não deu mais pistas de quem poderia ser seu rival. "O que está claro é que lutarei de novo, mas não tenho interesse em chegar aos 50 combates".

No entanto, quem conhece Mayweather está convencido de que sua aposentadoria não vai acontecer até que pelo menos supere a marca de Rocky Marciano, que se aposentou invicto com 49 vitórias.

"Não penso nessa marca, mas em conseguir que possa me aposentar em plena forma e continuar os conselhos de meu pai, que me disse que no final alguém vai me ganhar e talvez também possa me castigar", confessou.

EFE   
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