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Pacquiao contesta, mas Mayweather foi mais efetivo em golpes

3 mai 2015 - 04h41
(atualizado em 4/5/2015 às 12h26)
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O pugilista filipino Manny Pacquiao se mostrou surpreendido e frustrado ao ver como os três juízes da luta de unificação do título do peso meio médio deram a vitória por decisão unânime ao americano Floyd Mayweather Jr em Las Vegas. Ele terminou a luta achando que era o vencedor.

"Acho que venci a luta, fui o que acertei mais golpes sólidos", declarou Pacquiao quando ainda estava sobre o ringue e foi entrevistado pelas redes de televisão que transmitiram o evento. "Fiz todo o possível para que ele entrasse na luta e nunca quis".

Pacquiao, que tinha sua marca em 57 vitórias, seis derrotas (agora sete) e dois empates, com 38 vitórias por nocaute, tentou de todas as maneiras entrar na guarda de Mayweather, que se limitou a manter sua estratégia de defesa impenetrável, correr pelo ringue, e colocar os golpes efetivos.

O ex-campeão mundial filipino considerou errada a pontuação dos juízes e que tinha feito o suficiente no ringue para merecer melhor resultado. "Distribuí golpes sólidos e acho que ganhei a luta".

Pacquiao acha que foi o vencedor da luta
Pacquiao acha que foi o vencedor da luta
Foto: Joe Camporeale USA TODAY Sports / Reuters

No entanto, de acordo com as estatísticas da Compubox, Mayweather, de 38 anos, distribuiu 435 golpes dos quais acertou 148, ou seja, 34%. Já Pacquiao deu 429, dos quais apenas 81 atingiram o campeão Mayweather, ou seja, 19% de acerto com seus golpes.

A mesma fonte estatística mostrou que Pacquiao lançou 236 diretos, dos quais acertou 63 - 27% deles -, enquanto Mayweather tentou 168 e acertou 81 (48%).

"Acho que acertei mais golpes que ele", insistiu Pacquiao, de 36 anos. "Nunca reclamo e estou muito surpreendido com as anotações nos cartões dos juízes; o acertei muitas mais vezes".

Pacquiao, que levou uma remuneração garantida de US$ 25 milhões mais os US$ 80 milhões que espera conseguir pelos direitos de televisão por assinatura, reconheceu que a velocidade, dinâmica e estratégia de Mayweather tornou muito complicado que pudesse acertá-lo com mais força.

"Não pude dar mais golpes porque sempre está se movimentando ao redor", explicou o ex-campeão filipino. "Não é fácil acertá-lo. Se tivesse ido mais de frente teria podido acertar mais golpes".

Mayweather foi mais ativo, mas sofreu com boa esquiva de Mayweather
Mayweather foi mais ativo, mas sofreu com boa esquiva de Mayweather
Foto: Steve Marcus / Reuters

Pacquiao insistiu que a pontuação dos juízes não refletiu o que aconteceu no ringue instalado no MGM Grand Garden Arena, de Las Vegas (Nevada).

"De todo modo, pude ver seus golpes e nunca me colocaram em perigo", destacou Pacquiao. "Ele ficou se movimentando para fora. Fiquei cortando o ringue e o encontrei. Eu sim queria lutar".

Quanto ao que será seu futuro, Pacquiao se limitou a dizer que agora vai tirar férias e depois pensará junto com sua equipe qual será o passo seguinte que dará como profissional.

O treinador de Pacquiao, Freddy Roach, admitiu que durante o intervalo entre os assaltos pediu que utilizasse mais combinações para tentar encontrar um espaço na guarda de Mayweather Jr.

Mas que foi insuficiente. "Não conseguimos encontrar o alvo fixo", concordou com Pacquiao. "É preciso reconhecer que a estratégia de Mayweather de sair da distância de Manny funcionou muito bem".

Mayweather colocou em prática com perfeição sua estratégia
Mayweather colocou em prática com perfeição sua estratégia
Foto: Steve Marcus / Reuters

No entanto, tanto Pacquiao como Roach rejeitaram que a maior altura e envergadura de Mayweather foi o que impediu ser mais contundente em determinados momentos, especialmente quando Pacquiao tentava acertar o campeão invicto e sempre escapava do perigo.

"Não se trata de tamanho, a estatura não importa", assinalou Pacquiao. "Lutei contra outros maiores e nunca foi fator. Fui capaz de lidar com seu poder. Não é tão forte como rivais anteriores, como (Antonio) Margarito".

Pacquiao também surpreendeu quando disse que tinha diminuído o ritmo da luta nos dois últimos assaltos porque pensava e estava convencido de que estava à frente nos cartões dos juízes.

EFE   
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