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Presidente das Filipinas diz que Abu Sayyaf planejou sequestro de Pacquiao

27 abr 2016 - 09h12
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O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, disse nesta quarta-feira que o conhecido boxeador filipino Manny Pacquiao era uma dos alvos de sequestro do grupo Abu Sayyaf, defensor do Estado Islâmico (EI) e que ontem decapitou um refém canadense e retém 20 estrangeiros

"Pelo visto, inclusive planejaram sequestrar Manny Pacquiao ou um de seus filhos", indicou o líder em comunicado enviado à imprensa.

Segundo Aquino, o principal alvo de capturar Pacquiao, considerado nas Filipinas como um heróis nacional, era exigir a libertação de alguns dos membros de Abu Sayyaf que permanecem detidos.

O presidente filipino afirmou que sua irmã, Kris Aquino, atriz e popular apresentadora de televisão, também estava entre os alvos do grupo islâmico radical.

Benigno Aquino também disse que "estão sendo investigadas as ameaças contra minha vida", e revelou que desde que começou seu mandato, o grupo Abu Sayyaf tentou perpetrar atentados com explosivos em Manila "para chamar a atenção do Estado Islâmico".

As declarações do líder filipino ocorrem depois que o Abu Sayyaf decapitou na segunda-feira o canadense John Ridsdel, de 68 anos de idade, que foi sequestrado junto com seu compatriota Robert Acha, o norueguês Kjartan Sekkingstad e a filipina Marites Flor em setembro no sudeste das Filipinas.

Os rebeldes assassinaram Ridsdel porque não receberam os US$ 6,4 milhões exigidos por cada um dos três ocidentais.

A cabeça da vítima apareceu na segunda-feira em Jolo, a capital da província de Sulu, e hoje uns civis encontraram um corpo no sul dessa mesma ilha que presume-se que também pertença ao cidadão canadense.

"Este assassinato pretendia aterrorizar toda nossa nação. Abu Sayyaf pensava que poderia nos deixar com medo; mas é o contrário, nos impulsiona a fazer justiça", disse hoje Aquino.

"Sempre estivemos abertos a conversar com os que desejam a paz, mas os que cometem atrocidades podem esperar (que caia sobre eles) toda a força do Estado", acrescentou o líder.

Abu Sayyaf realiza frequentes sequestros para pedir resgates com os quais se financia, e atualmente, além de Hall e Sekkingstad, mantém sob seu domínio 19 estrangeiros a mais: 14 pescadores indonésios, quatro malaios e o holandês Ewold Hurn.

Este grupo rebelde, que se declarou seguidor do Estado Islâmico, foi criado em 1991 por alguns ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a União Soviética e a ele são atribuídos alguns dos atentados mais sangrentos dos últimos anos nas Filipinas.

EFE   
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