"Bronze não foi mérito da Confederação", diz boxeadora Adriana Araújo
- PAULA BIANCHI
- Direto do Rio de Janeiro
Bronze na categoria peso leve (até 60 kg) nos Jogos Olímpicos em Londres e primeira medalhista do boxe no Brasil em 44 anos, a baiana Adriana Araújo voltou a fazer duras críticas à Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) e disse que, se dependesse deles, não teria chegado à Olimpíada.
Segundo Adriana, não há busca por novas atletas ou mesmo apoio para a participação nos campeonatos. "Meu bronze não foi mérito da Federação, mas meu e do meu treinador e preparador físico", disse.
Adriana descartou ainda a possibilidade levantada durante a Olimpíada de lutar MMA. "O MMA não passa pela minha cabeça. Ainda tenho os Jogos Sul Americanos pela frente, o Pan. Vou focar nisso." Ela completa 34 anos em 2016, idade limite para competir. Depois disso o plano é parar com o boxe olímpico e "fazer outras coisas".
Questionado pelo Terra, o presidente CCBoxe, Mauro José da Silva, classificou a situação como política e desmereceu as críticas. "Você acha que um time vai à Olimpíada e ganha três medalhas não está fazendo nada?", questionou. "Não sou eu que tenho que me explicar, mas as gestões anteriores que não conseguiram resultados. É um time, estavam acostumados a fazer as coisas de qualquer jeito, colocamos regras e não gostaram."