Contra Bonnar, A. Silva diz que "obrigação é voltar inteiro para casa"

GIULIANDER CARPES

Direto do Rio de Janeiro

Não há título em jogo na próxima luta de Anderson Silva, no próximo sábado, pelo UFC Rio 3. Também não há polêmicas envolvidas, já que o próprio Stephan Bonnar se definiu como um azarão no confronto. Mas o brasileiro, campeão dos pesos médios, tenta aliviar qualquer pressão para dar show, nocautear Bonnar no primeiro round e incendiar a HSBC Arena, na zona oeste do Rio de Janeiro, no próximo sábado.

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"Minha obrigação é voltar inteiro para casa. O resultado final é muito injusto às vezes. Você pode treinar ao máximo e cometer um erro que determina o final da luta. É normal a pressão a partir do momento que você passa a ser o lutador a ser batido. Encaro naturalmente. Treino para não ser surpreendido com alguma técnica que seja melhor que a minha. Estou sempre treinando para melhorar quem eu sou dentro do octógono", disse um bem-humorado Anderson Silva, muito diferente daquele que respondia às provocações de Chael Sonnen, alguns meses atrás, com a cara amarrada.

"A diferença é que nós atletas do UFC temos de ter consciência de que este é um esporte que está crescendo, a cada dia que passa mais pessoas assistem. Temos que tomar cuidado com o tipo de promoção. É um esporte como outro qualquer e está faltando respeito", explicou o lutador brasileiro.

Anderson vai enfrentar pela terceira vez na carreira um adversário de categoria superior - o brasileiro é peso médio (até 84 kg) e luta no sábado contra um meio-pesado (até 93 kg) que nunca foi nocauteado. "Espero que a luta se mantenha em pé. É um grande teste para mim porque é um cara que nunca foi nocauteado e luta muito bem no chão", disse o Spider.

Apesar da diferença de peso que teoricamente favorece Bonnar, o brasileiro é considerado o amplo favorito. Chegou até a responder em sua coletiva, na tarde desta quinta-feira, se aliviaria o braço para dar mais luta para o público brasileiro. "Bater mais fraco, jamais. Vou bater forte do mesmo jeito que ele vai me bater."

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