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Lutas Olímpicas

Dirigente confessa que luta olímpica estava "adormecida"

12 mar 2013 - 21h10
(atualizado às 22h31)
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O presidente da Federação Internacional de Luta (Fila), o sérvio Nenad Lalovic, reconheceu nesta terça-feira em entrevista que a entidade estava "adormecida" e prometeu esforços para garantir a volta da modalidade ao programa olímpico dos Jogos de 2020.

"Estávamos adormecidos. Não seguimos o caminho da modernização e do desenvolvimento dos outros esportes", admitiu o dirigente.

"Precisamos fazer tudo que está em nosso poder para reconquistar o nosso lugar. Vamos seguir os conselhos do COI para apresentar o nosso esporte de uma maneira que convém melhor às Olimpíadas".

No dia 12 de fevereiro, o conselho executivo do COI surpreendeu a todos ao retirar a luta do programa olímpico dos Jogos de 2020.

Com a decisão, a Federação Internacional de Luta está na briga com outros sete esportes para integrar os Jogos Olímpicos (squash, escalada, caratê, wushu - uma arte marcial chinesa -, beisebol/softbol, wakeboard e patinação sobre rodas).

O conselho voltará a se reunir em maio para analisar as apresentações de seus defensores e escolher um esporte para recomendar ao Comitê para tomar a decisão em Setembro.

A luta estava no programa dos jogos olímpicos da antiguidade, no ano 708 antes de Cristo. A luta greco-romana integrava o programa olímpico desde o início dos Jogos da era moderna, em Atenas-1896, ficando de fora em apenas uma edição, Paris-1900.

Lalovic, sucessor do suíço Raphaël Martinetti, que renunciou ao cargo depois da exclusão do esporte dos Jogos, se reuniu recentemente com o presidente do COI, Jacques Rogge.

A Fila pretende abrir mais categorias femininas, mudar as regras para facilitar o entendimento das lutas e deixar o esporte mais atrativo para patrocinadores.

A exclusão da modalidade dos Jogos de 2020 motivou vários protestos ao redor do mundo. Dois campeões olímpicos já devolveram suas medalhas de ouro e um técnico búlgaro fez até greve de fome.

Antagonistas do ponto de vista diplomático, Irã e Estados Unidos chegaram até a se unir para mostrar sua indignação contra a decisão do COI.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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