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Lutas

Em casa, Belfort enfrenta pressão e adversário acima do peso

14 jan 2012 - 10h26
(atualizado às 13h05)
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José Edgar de Matos
Direto do Rio de Janeiro

Embora não realize a principal luta da noite deste sábado na HSBC Arena, Vitor Belfort é a estrela mais reconhecida do País dentro do card do UFC 142, no Rio de Janeiro. Carioca de nascimento, o experiente lutador é o mais pressionado por conta da grande história que carrega, em virtude da carreira vitoriosa. E, além da necessidade da vitória, que o embalaria para as gravações do The Ultimate Fighter, o "Fenômeno" enfrentou outro obstáculo: o sobrepeso do rival Anthony Johnson.

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O confronto, marcado primeiramente para a categoria dos médios, precisou ser realocado para um peso combinado por conta do americano, que marcou 89 kg na balança, cinco acima do limitado para a divisão - em virtude do fracasso na tentativa de cortar alguns quilos antes da pesagem oficial da última sexta-feira, Johnson cederá 20% de sua bolsa para Vitor Belfort.

No entanto, um fator ainda poderá prejudicar ainda mais o andamento, ou a realização, do combate. Johnson terá até o meio-dia deste sábado para não ultrapassar a marca dos 93 kg, número proposto por Belfort para aceitar desafiar o americano. O americano irá se pesar novamente e precisará não exagerar no crescimento de peso, algo que irritaria ainda mais a direção do Ultimate Fighting Championship, visivelmente insatisfeita com a "falta de profissionalismo", como disse Dana White.

Apesar de pressionado com a "obrigação" de vencer para evitar uma decepção da torcida no Rio de Janeiro, Belfort está extremamente motivado por retornar a se exibir no Brasil depois de 13 anos. Em 16 de outubro de 1998, na cidade de Sâo Paulo, o lutador, já reconhecido na época como um dos principais nomes do evento (venceu Tra Telligman e Scott Ferrozzo, um ano antes, e conquistou o título do torneio dos pesados no UFC 12), massacrou Wanderlei Silva com um nocaute de apenas 44s.

Embora mais experiente, Vitor Belfort mantém até os dias de hoje as raízes de seu jogo. Dono de um dos melhores boxes dentro do UFC, o ex-campeão dos meio-pesados procurou trabalhar antes da luta o wrestling, uma das grandes marcas do rival americano. Durante os meses de preparação para o combate, o brasileiro recorreu a uma das grandes estrelas da organização, o canadense Georges St. Pierre.

Treinado pelo campeão dos meio-médios para evitar as tentativas de queda do americano, Vitor Belfort afirmou que se sente "leve" para o combate, e que carregará o apoio da torcida, totalmente favorável, como um grande alento, o qual o fará soltar ainda mais o jogo no co-main event da segunda edição carioca do Ultimate Fighting Championship.

"Vou relaxar, curtir, como um atacante de futebol, como era um dos segredos do Romário. Quero soltar meu jogo, sei o que fazer. Não vou jogar pressão para a minha cabeça. O povo quer a vitória, mas queremos (Belfort e Aldo) mais do que eles. Vamos dar o nosso melhor e tudo vai dar certo", discursou o lutador na última quarta-feira.

Em estreia nos médios, Johnson falha na pesagem novamente

Anthony Johnson subiu para a categoria dos médios para evitar o corte bruto de peso que sempre precisava enfrentar para se adequar aos 77 kg dos meio-médios. Com 1,88 m de altura, o americano não conseguiu na última sexta-feira os 84 kg necessários para enfrentar Belfort em condições iguais (pesou 89 kg) e recebeu broncas do presidente Dana White, além de uma encarada de Lorenzo Fertitta; tudo em frente ao público e a imprensa.

A reprovação por parte dos donos do Ultimate ocorreu muito em virtude da reincidência do lutador americano. Enquanto ainda lutava pelos pesos meio-médios, Anthony Johnson por duas vezes não conseguiu perder quilos suficientes para entrar na categoria, que atualmente é completamente dominada pelo "tutor" de Vitor Belfort no wrestling, Georges St. Pierre.

Fora do peso, o rival do lutador carioca possui 50% de aproveitamento. A primeira vez que Johnson não conseguiu bater o peso foi no UFC 76, em setembro de 2007, quando venceu por finalização, Rich Clementi. Já diante de Yoshiyuki Yoshida no dia 24 de outubro de 2009 (UFC 104), "Rumble", como é conhecido no mundo das lutas, acabou nocauteado

Johnson ultrapassou o limite da categoria por 5 kg; Lorenzo Fertitta, um dos donos do UFC, (dir) não gostou do resultado
Johnson ultrapassou o limite da categoria por 5 kg; Lorenzo Fertitta, um dos donos do UFC, (dir) não gostou do resultado
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Fonte: Terra
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