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Lutas

Aurélio Miguel cita "antijudô" e ataca arbitragem em Londres

30 jul 2012 - 20h11
(atualizado em 31/7/2012 às 00h29)
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Allan Farina
Direto de Londres

O ambiente de uma Olimpíada é bem familiar a Aurélio Miguel. O ex-judoca, medalha de ouro nos Jogos de Seul, em 1988, está mais uma vez em uma sede dos Jogos e acompanhou de perto as lutas dos brasileiros na Arena ExCel, nesta segunda-feira. Para o veterano, a arbitragem vem cometendo erros graves, que atrapalham o andamento correto da disputa do evento.

Aurélio Miguel não concordou com os juízes em algumas lutas nos Jogos Olímpicos de Londres
Aurélio Miguel não concordou com os juízes em algumas lutas nos Jogos Olímpicos de Londres
Foto: Allan Farina / Terra

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"Temos que avaliar bem, porque a arbitragem está tendo uma decisão e os que ficam nas mesas estão mudando as lutas. No domingo, na mesma luta, mudaram duas vezes. Foi um absurdo acontecer isso nos Jogos Olímpicos. Isso não pode acontecer em uma Olimpíada", disse Aurélio em entrevista ao Terra.<

O campeão olímpico se refere à semifinal da categoria até 66 kg entre o japonês Masashi Ebinuma e o sul-coreano Jun-Ho Cho. Ao fim dos cinco minutos, a luta foi para o golden score, quando Ebinuma conseguiu um yuko. A pontuação, porém, foi cancelada pelos juízes após conferir o golpe no vídeo. A igualdade seguiu e a luta seguiu para decisão dos árbitros, que determinaram triunfo de Cho. Sob as vaias do público presente, o trio debateu a escolha com os juízes responsáveis pela revisão audiovisual e determinaram o japonês como o vencedor.

"O atleta se prepara por quatro anos e ele pega uma arbitragem subjetiva, que prejudica seu ideal. Eles têm que avaliar bem isso. Falo com muita tranquilidade porque já fui vítima disso também", lembrou o ex-judoca.

A irritação de Aurélio com a arbitragem tem como principal motivo as derrotas dos leves Bruno Mendonça e Rafaela Silva nesta segunda. Bruno perdeu para o holandês Dex Elmont por um yuko (originado a partir de duas punições conferidas ao brasileiro), enquanto Rafaela terminou eliminada por tentar um golpe ilegal.

"O atleta da Holanda fez o 'antijudô'. Fez falso ataque e o Bruno que foi punido. É algo que eles têm que avaliar, reverter isso e mudar", comentou o campeão olímpico. Mendonça teve opinião similar, e disse depois da luta que seu oponente merecia punições por sua passividade. Sobre a derrota de Rafaela, Aurélio ressaltou a interferência do uso do vídeo.

"A Rafaela começou o golpe e veio para a perna. Deram a desclassificação dela e foi muito duvidoso. Estava próximo de ser e de não ser. Tiveram que ter acesso aos vídeos em câmera lenta e slow motion. Os árbitros não conseguiram verificar isso e inclusive deram a pontuação para ela", lembrou.

"Engraçado, já observei que dois atletas de ponta foram desclassificados porque pegaram na perna na continuação do golpe. A Rafaela e a atleta cubana no peso ligeiro, Davaris Mestre Alvarez. E vi agora, nesse exato momento, a francesa Automne Pavia foi direto na perna e não foi desclassificada. O egípcio Hafiz Hussein, que enfrentou o francês Ugo Legrand, fez o mesmo e também não foi desclassificado", comentou Aurélio.

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Fonte: Terra
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