Mariana Silva chora e lamenta "golpe duro" por eliminação em estreia
- Allan Farina
- Marina Novaes
- Direto de Londres
Mesmo não figurando entre as principais favoritas à medalha na categoria meio-médio (até 63 kg) do judô nos Jogos Olímpicos de Londres, a brasileira Mariana Silva não escondeu o abatimento pela derrota para a chinesa Lili Xu, sexta do ranking mundial, logo na estreia pela competição. Decepcionada com o revés, a competidora, chorando muito diante dos jornalistas, lamentou o resultado negativo na Grã-Bretanha.
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"É algo muito duro perder na primeira rodada. Acho que pelo menos adquiri experiência. Quero agradecer a todos os meus amigos e minha família. Agradeço à oportunidade de estar aqui, de coração. Vou me preparar ainda melhor para chegar bem e tentar uma medalha em 2016", discursou a judoca, pouco depois de deixar o tatame.
No combate diante da asiática, Mariana conseguiu controlar bem o ritmo da adversária no início do combate. Entretanto, uma pequena falha na entrada de um golpe permitiu à rival encaixar um contra-ataque e pontuar um wazari. A vantagem considerável dificultou o trabalho da brasileira, que não conseguiu retomar o judô apresentado nos minutos iniciais.
"Entrei no golpe e ela me reverteu, aí acabei caindo. Faltou um pouquinho mais da puxada do meu golpe, mas infelizmente ela levou a melhor. O tempo fica pressionando e fica mais difícil reverter a situação, mas é do esporte. Eu sei que eu tinha condições de vencer essa luta, por isso fico muito triste", completou a competidora.
A falta de experiência, ressaltada por Mariana, foi também tema no discurso de Rosicleia Campos. A treinadora da Seleção feminina, embora decepcionada pela derrota, já direcionou a preparação para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.
"A Mariana é uma lutadora muito jovem, inexperiente em Olimpíada. A adversária era uma chinesa que já tinha vencido antes, no GP de Dusseldorf, mas ela foi surpreendida por um wazari; e, na Olimpíada, um wazari é bem complicado de reverter. Ela estava com uma pegada bem superior, a adversária era mais baixa, mas infelizmente não deu para a Mari. Daqui a quatro anos ela está de volta", disse.
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