Ministro discorda de judoca e mantém investigação de caso de racismo
31 jul2012 - 13h05
(atualizado às 17h53)
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Allan Farina
Direto de Londres
A judoca Rafaela Silva informou por meio de comunicado emitido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que não pretende buscar seus direitos após ter sido vítima de ofensas racistas por meio do Twitter após a derrota nas oitavas de final da categoria até 57 kg da Olimpíada de Londres. Ainda assim, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, insiste que o caso deve ser investigado pela Polícia Federal.
De acordo com a assessoria do ministério, Rebelo pediu que a PF se envolva no caso para identificar o IP dos autores das ofensas, já que se trata de um crime inafiançável, apesar do desejo da atleta em não levar o caso adiante.
De acordo com Rosicléia Campos, treinadora da Seleção feminina, a atleta recebeu mensagens de cunho preconceituoso pela rede social após sua eliminação para a húngara Hedvig Karakas.
"Chamaram de macaca, que tinha que ir para jaula. Que país é esse que a cor de pele justifica um ato assim?", questionou a técnica. Rafaela recebeu ofensas e cobranças pesadas por parte de internautas após sua derrota para a a húngara Hedvig Karakas por desclassificação após tentar um golpe ilegal.
Uma usuária do Twitter reclamou com a atleta pelo microblog: "cara, que vexame. Não te ensinaram a jogar limpo? Mais uma que foi para fazer o Brasil passar vergonha e chorar", escreveu @Dri_Caldeira. Irritada, Rafaela respondeu: "e quem é você pra falar de mim? Outra que não tem o que fazer fica aqui tomando conta da vida dos outros".
Entre as principais acusações, a internauta chamou a atleta de "desonesta" e disse que "faltou espírito olímpico": "é dinheiro do povo que te manda pra Londres, emporcalhar o nome do País!! Chega de desonesto no país!!", continuou a tuiteira.
OAB condena ataques racistas à judoca Rafaela Silva em Londres:
Também nesta terça-feira, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, manifestou irrestrita solidariedade à judoca Rafaela Silva.
Segundo Damous, é inacreditável que manifestações de cunho racista como essas continuem a acontecer. "A judoca Rafaela, futura campeã nas Olimpíadas de 2016, no Brasil, merece o nosso incentivo e a nossa solidariedade e não agressões de cunho racista".
Damous lamentou que as rede sociais, concebidas como instrumento de democratização da informação e da comunicação, tenham sido desvirtuadas, tornando-se cenário para ofensas à honra e à reputação das pessoas. "Os usuários deste tipo de comunicação devem tomar cuidado para não agredirem as pessoas usando palavras de cunho racista ou qualquer outro tipo de ataque pessoal e que, certamente, vão virar processo na justiça".
Rafaela, 20 anos, moradora da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, e revelada por um projeto social, era uma das esperanças de medalha do Brasil na Olimpíada na categoria leve (até 57kg) do judô, mas foi desclassificada ao pegar a perna da adversária com as mãos, golpe que foi proibido no esporte em 2009.
Os trajes das jogadoras de vôlei de praia são uma atração à parte nos Jogos Olímpicos. São vários os modelos e cores que as atletas utilizam para representar seu país. Em Londres, elas estão liberadas para usar um modelo de mangas compridas e calças por causa do frio da capital inglesa. Confira fotos dos visuais:
Foto: Reuters
As australianas Becchara Palmer e Louise Balden utilizam biquínis com a tradicional cor dos uniformes do país
Foto: Reuters
As argentinas Virginia Zonta e Ana Gallay, vestindo azul, disputam a mesma bola
Foto: AFP
A chinesa Chen Xue foge do vermelho, da bandeira de seu país, e veste biquíni azul e amarelo
Foto: Getty Images
As espanholas Liliana Fernández Steiner e Elsa Baquerizo preferem a cor branca com detalhes vermelhos
Foto: AP
Greta Cicolari e Marta Menegatti fogem do tradicional azul italiano e preferem uma tonalidade mais clara
Foto: AP
Greta Cicolari e Marta Menegatti comemoram vitória
Foto: Reuters
As checas Hana Klapalova e Lenka Hajeckova preferiram utilizar calça e camiseta preta, além de um top vermelho
Foto: Reuters
Checas com suas roupas mais comedidas
Foto: Reuters
Durante o dia, elas esquecem as calças e utilizam o tradicional biquíni com as cores da República Checa
Foto: Reuters
Além do biquíni azul, a italiana Greta Cicolari pinta suas unhas com as cores da bandeira da Itália
Foto: Reuters
As alemãs Illka Semmler e Katrin Holtwick utilizam um preto com detalhes dourados
Foto: Reuters
A brasileira Juliana mistura as cores: usa uma parte de baixo azul e amarela e a parte de cima vermelha
Foto: Getty Images
Em um de seus treinos, a alemã Katrin Holtwick inovou e apareceu vestindo um biquíni azul
Foto: Getty Images
A americana Kerri Walsh utiliza uma blusa de manga comprida durante os partidas realizadas no período da noite
Foto: Getty Images
Para se protegerem do frio, as americanas Kerri Walsh e Misty May jogam com blusas de manga comprida e calças
Foto: Getty Images
A brasileira Larissa veste biquínis com as tradicionais cores brasileiras
Foto: AP
Detalhe da parte de baixo do biquíni da brasileira Larissa
Foto: AP
Larissa após partida
Foto: Reuters
Durante os treinos, a brasileira Larissa prefere outras cores, como, por exemplo, o azul marinho e laranja
Foto: Getty Images
Laura Ludwig durante partida nos Jogos Olímpicos
Foto: Reuters
A checa Lenka Hajeckova com seu tradicional uniforme
Foto: AP
Liliana Fernandez e Elsa Baquerizo com seus tradicionais uniformes brancos
Foto: AFP
Dupla grega utiliza um biquíni todo azul para suas partidas
Foto: Reuters
A graga Maria Tsiartsiani passa sinal para sua parceira
Foto: Reuters
As checas Marketa Slukova e Kristyna Kolocova com um biquíni todo branco e uma testeira preta
Foto: Reuters
A suíça Nadine Zumkehr usa as tradicionais cores de seu país
Foto: Reuters
Nadine Zumkehr também utiliza um relógio vermelho
Foto: Reuters
Nadine Zumkehr cai na areia
Foto: Reuters
Nadine Zumkehr e sua parceira Simone Kuhn
Foto: Reuters
Além de seu biquíni vermelho e preto, com detalhes em azul, a holandesa Sanne Keizer usa óculos laranja
Foto: AP
Sanne Keizer e Marleen van Iersel com seus uniformes preto e vermelho
Foto: Reuters
As britânicas Shauna Mullin e Zara Dampney com seus tradicionais uniformes
Foto: Reuters
Shauna Mullin e Zara Dampney conversam no intervalo da partida
Foto: Reuters
Bandeira do Reino Unido na parte de baixo das britânicas
Foto: Getty Images
As austríacas usam roupas pretas por baixo do top branco
Foto: Reuters
Britânica Zara Dampney cai na areia após tentar pegar a bola
Foto: AP
Detalhes da parte de cima do biquíni da britânica Zara Dampney
Foto: AP
A chinesa Zhang Xi exibe seu biquíni azul com detalhes amarelos
Foto: Reuters
Zhang Xi e Chuen Xen em partida válida pelos Jogos Olímpicos
Foto: Reuters
A australiana Tamsin Hinchley também é adepta das calças durante a noite no vôlei de praia
Foto: Reuters
A grega Vasiliki Arvaniti comemora com seu biquíni azul
Foto: Reuters
Vasiliki Arvaniti tenta defender uma bola
Foto: Reuters
Shauna Mullin usa bíquini vermelho com a bandeira do Reino Unido