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Lutas Olímpicas

Sem medalhas, brasileiros lamentam dia “triste” e “frustrante” no Mundial

24 ago 2015 - 15h27
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O Brasil terminou o primeiro dia do Mundial de Astana, no Cazaquistão, sem um atleta sequer no pódio. Nesta segunda-feira, quatro judocas nacionais da categoria ligeiro entraram em ação, sendo que dois deles chegaram a disputar medalhas. Felipe Kitadai, Nathália Brigida, Sarah Menezes e Eric Takabatake lamentaram os resultados, mas acreditam que ainda irão evoluir até os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Medalhista de bronze em Londres 2012, Felipe Kitadai começou com três vitórias consecutivas, caiu nas quartas de final, venceu a repescagem, mas voltou a perder na disputa pelo bronze quando sofreu ippon do japonês Toru Shishime, algos do também brasileiro Eric Takabatake nas oitavas.

“É triste fazer uma campanha tão boa quanto a que eu fiz nesse Mundial que foi muito forte e sair sem medalha. Mas não foi ruim, foi bom porque deu pra perceber que o trabalho está sendo feito da maneira correta. O mais importante foi ver a evolução. Isso serve de motivação para buscar uma medalha em 2016”, analisou Kitadai.

“É meio frustrante por causa de toda preparação que tive para o campeonato e também porque eu estava me sentindo muito bem, muito confiante. A derrota foi para um adversário forte, mas sei que dava para chegar a uma medalha. Agora é analisar os erros e me preparar ainda mais para a próxima”, disse Takabatake, que antes de ser eliminado venceu o chinês Hui Li e o espanhol Francisco Garrigos, campeão mundial júnior.

Estreante em Mundiais, Nathália Brigida repetiu o desempenho de Kitadai e deixou Astana com quatro vitórias e duas derrotas. Ela superou adversárias sem grande expressão, como Cristina Budescu, da Moldávia, e Ana Zhumali, do Quirguistão, mas também por judocas que estão na parte de cima do ranking mundial, como a turca Dilara Lokmanhekim e a romena Monica Ungareanu. Depois vieram dois reveses para ex-campeãs do mundo, as japonesas Haruna Asami e Ami Kondo.

“Mesmo tendo saído sem medalha, fiquei contente com a competição que eu fiz, passei por atletas difíceis, tops. Outras de alto nível ficaram pra trás. Acho que foi uma boa estreia e saio da competição com uma evolução, um aprendizado muito grande. Queria a medalha, sei que era uma meta possível e já estou pensando em corrigir os erros porque tem outras competições importantes pela frente”, conscientizou-se Brigida.

Campeã olímpica em Londres 2012, Sarah Menezes viu sua participação em Astana acabar logo na primeira luta. A judoca piauiense não resistiu à belga Charline Van Snick, medalhista de bronze nas últimas Olimpíadas e no Mundial do Rio, em 2013. A europeia havia ficado fora do circuito por um ano depois de ser flagrada em exame antidoping, mas tinha chegado ao pódio em cinco das seis competições que disputou desde então.

“Fiz uma preparação muito boa, estava muito confiante, mas caí numa chave muito dura e não tive sucesso na primeira luta. Perdi para uma atleta por uma punição e quando fui arriscar uma entrada já no final da luta, acabei tomando um contragolpe. Ela teve uma estratégia muito boa e conseguiu me superar. Agora é levantar a cabeça e seguir treinando para ir melhor nas próximas competições”, relatou Sarah.

O Mundial de Astana continua nesta terça-feira com dois judocas brasileiros nos tatames: os meio-leves Charles Chibana e Érika Miranda. As disputas por medalha começam na madrugada, às 2 horas (de Brasília), e o bloco final (a partir das quartas de final) às 8 horas.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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