Surpresa, Confederação Brasileira de Luta não crê em exclusão dos Jogos
A indicação de que a luta olímpica pode ficar fora dos Jogos de 2020 tem causado polêmica. O Comitê Olímpico Internacional (COI) sinalizou com essa possibilidade, mas certamente será muito criticado se confirmar essa notícia. Nesta terça-feira, a Confederação Brasileira de Luta Olímpico (CBLA) manifestou também sua surpresa com o fato, mas duvidou que ele vá se tornar realidade.
A opinião oficial da entidade veio pelo superintendente Roberto Leitão: "fomos pegos de surpresa com a notícia e acreditamos que isso não vá a frente. O lobby internacional da Luta é muito forte, tendo Rússia e ex-países da URSS, EUA e Japão como seus principais defensores. Agora é aguardar a decisão em setembro na Argentina e manter todos projetos e planejamento visando 2016. Nada atrapalhará nossa participação nos Jogos do Rio", disse ele.
Em comunicado, a CBLA destacou ainda a "enxurrada de comentários nas redes sociais" que criticaram a possibilidade da luta ser excluída das Olimpíadas. "A cada post os tópicos #keepolympicwrestling (Mantenham a Luta Olímpica), #savewrestling2020 (Salve a Luta Olímpica em 2020) ou #oldestsportintheworld (Esporte mais antigo do mundo) eram mencionados, colocando a Luta Olímpica entre os assuntos mais comentados no Twitter", informou.
Boa parte dos comentários contrários ao posicionamento do COI vieram de atletas, como a tri-campeã Pan-Americana, Laís Nunes, que escreveu: "triste com a notícia sobre a suposta retirada da Luta Olímpica dos Jogos de 2020. Vamos esperar para ver, enquanto isso trabalhar duro", comentou.
O COI costuma observar critérios como popularidade, venda de ingressos e países participantes para excluir ou não uma modalidade. O Comitê já tinha decidido que um esporte seria excluído, mas modalidades menos tradicionais, como caratê, squash e tênis de mesa também estão cotados para o corte.
A decisão final sairá em assembleia do COI no mês de setembro, na Argentina, junto à escolha da cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2020. Istambul, Madri e Tóquio estão na disputa, ressaltando que tanto Turquia quanto Japão tem na Luta Olímpica um de seus principais esportes, o que pode ajudar na permanência da Luta no programa dos Jogos.