O UFC 154 terá uma luta a menos do que o programado. O card completo do evento, que será realizado na noite deste sábado, em Montreal, no Canadá, teria 13 combates, mas o americano Nick Ring teve problemas médicos após a pesagem da última sexta, e o duelo dele foi cancelado.
Em comunicado oficial, o UFC, sem dar muitos detalhes, afirmou que Ring se sentiu mal e não terá condições de ir ao octógono neste sábado. Com isso, a luta contra o cipriano Constantinos Philippou foi cancelada e retirada do card principal. Com o cancelamento do combate, o duelo entre o brasileiro Rafael dos Anjos e o canadense Mark Bocek foi promovido ao card principal do evento.
A luta mais esperada deste sábado será entre Georges St. Pierre e o americano Carlos Condit. Depois de 19 meses inativo, em período que sofreu com lesões e passou por uma cirurgia, o canadense St. Pierre, campeão dos pesos meio-médios, enfrenta o dono do título interino da categoria para consolidar o cinturão. Se vencer, St. Pierre poderá enfrentar o brasileiro Anderson Silva, campeão dos pesos médios, em maio.
Maior estrela do Ultimate Fighting Championship na atualidade ao lado de Anderson Silva e Jon Jones, Georges St. Pierre, enfim, retornará ao octógono. Depois de 19 meses afastado por conta de uma lesão no joelho, o canadense se recuperou e defenderá o cinturão da categoria dos meio-médios contra o americano Carlos Condit. Confira sete segredos sobre este grande atleta e o motivo do seu retorno ser tão esperado:
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Bullying na escola: St. Pierre enfrentou uma infância difícil. Nascido em Saint-Isidore, na parte franco-canadense do país, o agora reconhecido campeão da divisão dos meio-pesados sofreu bullying na escola: os "valentões" roubavam dinheiro e roupas de um então pequeno Georges. A solução veio por intermédio do pai, que o colocou no karatê para saber se defender dos responsáveis pelas agressões
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Morte gera entrada no MMA: já adaptado ao karatê, St. Pierre enfrentou uma grande perda logo no início de carreira. A morte de seu mestre o afastou da modalidade, mas não das artes marciais. O canadense passou a treinar wrestling, jiu-jitsu brasileiro e boxe desde cedo; o que explique talvez a enorme versatilidade do lutador dentro do octógono
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Trabalho em boate: antes de iniciar a carreira profissional nas artes marciais mistas, St. Pierre usou a habilidade nas lutas para trabalhar como segurança em uma casa noturna de Montreal, no Canadá
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Zebra: depois de passar pelas lendas B.J. Penn e Matt Hughes, Georges St. Pierre entrou para defender o cinturão contra Matt Serra, em abril de 2007, como grande favorito. Casas de apostas davam uma proporção de 11 para 1 a Serra, que "quebrou a banca". Com pouco mais de três minutos de luta, o desafiante nocauteou a estrela canadense e roubou o cinturão, recuperado por GSP na revanche, um ano depois
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Embaixador do MMA: a representatividade de Georges St. Pierre dentro do UFC e do MMA mundial pôde ser comprovada no ano de 2010. O canadense viajou até Manilla, nas Filipinas, para divulgar a modalidade. Antes mesmo de encontrar com o maior nome ídolo do país, o boxeador Manny Pacquiao, o campeão dos meio-médios do Ultimate foi recebido calorosamente pela população, pouco acostumada à mistura de artes marciais
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Símbolo do maior evento da história:
consagrado e reconhecido pela trajetória vitoriosa, Georges St. Pierre recebeu um presente da direção do Ultimate Fighting Championship. O canadense foi escolhido para protagonizar o grande evento da história da organização. No UFC 129, em Toronto, GSP derrotou Jake Shields e defendeu o cinturão dos meio-pesados diante de 55.724 torcedores no Rogers Centre.
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Recordes: St. Pierre é o segundo maior defensor de cinturões da história do Ultimate Fighting Championship com seis vitórias, quatro a menos do que Anderson Silva (a sétima defesa ocorrerá neste sábado contra Carlos Condit). Desde 2004 no evento, o canadense ocupa também o segundo posto no ranking de vitórias, empatado com o "Aranha", Randy Couture e Chuck Liddell. O quarteto soma 16 triunfos