Saiba o que esperar da próxima luta de Anderson Silva no UFC
De volta ao UFC após grave lesão, o ex-campeão Anderson Silva enfrentará o americano Nick Diaz no dia 31 de janeiro. O combate será divulgado pela organização como uma "superluta" e realmente tem potencial para isso, mas também enfrentará problemas e até limitações dos atletas.
Veja lista de 7 fatos que você pode esperar do combate entre Anderson e Diaz:
Problemas com divulgação
O UFC já sabe que terá dificuldades para lidar com os lutadores durante a divulgação do evento. Tanto Diaz quanto Anderson já causaram dores de cabeça para o presidente da organização, Dana White, por não agirem corretamente antes dos combates.
O próprio UFC destacou esse problema em seu site nesta quarta-feira. Anderson é chamado de "monossilábico em muitas entrevistas e sem paciência para responder as 'mesmas perguntas’". White já o repreendeu por isso no passado.
E o problema com Diaz é maior: ele já perdeu uma chance de disputar o cinturão dos meio-médios por causa disso: "rei em mostrar o dedo do meio e reincidente em casos de antidoping por maconha -, Diaz foi retirado de uma disputa de cinturão contra Georges St.Pierre, em 2011, por falta consecutivamente em coletivas e sequer dar satisfações", lembrou o texto do UFC.
Uma luta de boxe e nocaute
Anderson Silva conquistou 61% das suas vitórias por nocaute. Nick Diaz conquistou 50% das suas vitórias por nocaute. Os dois já foram apontados como os melhores boxeadores do MMA atual e inclusive desafiaram Roy Jones Jr. para uma luta desta modalidade.
Nenhum dos dois costuma levar o combate para o chão, já que possuem pouca qualidade na luta olímpica. Possuem faixa preta e um nível razoável de jiu-jitsu, mas é pouco provável que a luta se desenvolva no chão. Com eles em pé, a possibilidade de um nocaute é muito grande.
Anderson Silva sofreu sua lesão mais grave quando tentou acertar um chute de muay thai em Chris Weidman. Apesar do chute sempre ter sido uma grande arma, é provável que agora Anderson mostre receio para usá-la. Diaz também não costuma chutar com frequência, então é difícil acreditar que as pernas decidirão esse combate.
Grande diferença de peso e envergadura
Nick Diaz terá dificuldade para tirar uma grande vantagem do adversário: Anderson Silva é maior, mais forte e tem maior envergadura que o americano. O brasileiro sempre foi peso médio (até 84 kg), já lutou como meio-pesado (até 93 kg) e no dia a dia costuma pesar mais de 100 kg.
Já Diaz é um peso meio-médio (até 77 kg) que já lutou até como peso leve (até 70 kg). Presença constante nos bastidores do UFC, ele vinha aparecendo claramente mais pesado que isso. Mas dificilmente conseguirá aumentar sua massa muscular a ponto de se igualar a Anderson.
Falta de ritmo dos lutadores
Até janeiro, mês do duelo, Diaz estará sem lutar por 20 meses. Ele tinha resolvido se aposentar e até virou criador de um evento, o War MMA, mas sempre deixou aberta a possibilidade de voltar para fazer grande lutas.
O jejum de Anderson é menor. Ele completará 13 meses sem entrar no octógono por causa da lesão na perna esquerda. Além disso, estará com quase 40 anos, o que certamente vai atrapalhar o brasileiro a estar na melhor forma física.
Provocações durante a luta
Irreverentes e cheios de confiança, Anderson e Diaz já baixaram a guarda durante as suas lutas para provocar e desconcentrar os adversários. Nem sempre a tática dá certo, como aconteceu na luta do brasileiro contra Chris Weidman. Mas mesmo assim eles devem apostar na estratégia durante o combate. Nenhum deles possui grandes objetivos nas carreiras, como subir no ranking ou buscar títulos. Estarão mais preocupados em dar show.
O potencial midiático de uma luta entre Anderson Silva e Nick Diaz é enorme. Os valores que eles receberão para esse combate só serão divulgados após o evento, mas é fácil imaginar que quebrarão recordes na organização. O americano inclusive já tinha avisado que só voltaria a lutar por muito dinheiro e uma grande luta.
Existe ainda a possibilidade de o evento quebrar recordes de audiência. E não só por causa de Anderson e Diaz. Como trata-se do card que acontece no mesmo final do Superbowl (final da liga de futebol americano), o UFC certamente colocará outros grandes combates na mesma noite.
O líder de audiência até agora é o UFC 100, com 1,6 milhões de pacotes de pay-per-views vendidos. A revanche de Anderson contra Weidman alcançou 1,1 milhões de vendas e está em terceiro lugar neste ranking. Um combate envolvendo Diaz, contra o ex-campeão Georges St. Pierre, aparece na quarta posição. A combinação desses recordistas certamente alcançará um outro nível de popularidade.
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