PUBLICIDADE

MMA

UFC São Paulo supera problemas e pode ter nova edição ainda em 2013

20 jan 2013 - 12h00
(atualizado às 12h00)
Compartilhar
Exibir comentários

Organizar pela segunda vez o UFC São Paulo não foi uma tarefa fácil. A cidade recebeu uma edição do evento pela primeira vez quando a marca ainda engatinhava, e somente no último sábado os paulistanos puderam conferir de perto a apresentação dos lutadores da grife de MMA. Do projeto do retorno à festa pela vitória de Vitor Belfort sobre Michael Bisping, houve disputas com a Prefeitura, investigação do Ministério Público e incerteza na venda de ingressos.

Vitória de Belfort encerrou um UFC São Paulo marcado por polêmicas
Vitória de Belfort encerrou um UFC São Paulo marcado por polêmicas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

O Ginásio do Canindé foi o palco que recebeu a 21ª edição da marca UFC em outubro de 1998. A partir de 2011, com o MMA já popularizado no Brasil e no mundo, o evento retornou ao País, tendo o Rio de Janeiro como foco inicial.

A possibilidade de uma edição paulistana já era discutida, como em junho de 2011, mas não saiu do papel. Os estádios do Pacaembu e do Morumbi eram os palcos discutidos e foram descartados por falta de acordo em relação a lei por silêncio em áreas residenciais e discordâncias com associações de moradores.

Para o UFC São Paulo, a situação foi diferente. Em vez de um grande estádio, o escolhido foi o Ginásio do Ibirapuera, arena com capacidade bem inferior e que já pertencia à própria prefeitura. A cidade, inclusive, se tornou um dos patrocinadores do evento, pagando uma boa cifra para ter sua marca atrelada à edição paulistana.

A parceria entre prefeitura e UFC entrou na mira do Ministério Público, que instaurou inquérito para apurar o que julgou ser um "gasto abusivo" e "desperdício de dinheiro público". Houve até o pedido da suspensão do evento, que acabou não sendo cumprido.

O caso deve prosseguir, já que o MP investiga se o então prefeito Gilberto Kassab acertou o contrato de patrocínio tendo como intenção a promoção pessoal. A Secretaria Municipal dos Esportes, Lazer e Recreação teria destinado ao UFC R$ 2,5 milhões dos cerca de R$ 3,3 milhões que tem disponíveis para eventos em 2013 - mais de 75% da verba do ano.

Outra questão pela qual o UFC São Paulo passou foi a venda de ingressos. Com preços caros - o mais barato saía por R$ 400 (arquibancada inteira) -, os bilhetes não se esgotaram rapidamente como já havia acontecido em outras edições brasileiras, e as bilheterias ficaram abertas até mesmo durante o evento.

Segundo a entidade, entretanto, os ingressos foram esgotados, e a capacidade estabelecida de 9.116 pessoas foi cumprida. Os torcedores estiveram no Ginásio do Ibirapuera e fizeram sua festa pelos lutadores brasileiros.

O futuro do UFC no Brasil passa por São Paulo? Segundo Marshall Zelaznik, diretor de desenvolvimento internacional do UFC, a resposta é afirmativa, e o retorno pode acontecer ainda em 2013. "Eu não descartaria voltar nesse ano. Temos uma reunião sobre isso na próxima semana", explicou o dirigente. "Não houve problemas no evento. Falamos da estrutura, mas tudo funcionou. Nossa equipe foi ótima. A cidade de São Paulo abriu os braços para nós", disse.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade