Aldo confirma favoritismo, massacra em estreia e mantém cinturão
O brasileiro José Aldo correspondeu às expectativas na estreia no UFC (Ultimate Fighting Championship) e manteve o cinturão da categoria dos pesos penas, herdado pela conquista do competidor no extinto WEC (World Extreme Cagefighting). Na noite deste sábado, na 129ª edição do evento principal do MMA, o manauara venceu o canadense Mike Hominick por decisão unânime dos juízes (48-45, 48-46, 49-46), após massacrar o adversário durante os quatro primeiros rounds.
Campeão do WEC desde 2009, Aldo entrou no UFC já com a responsabilidade de defender um cinturão. Com a incorporação da categoria do brasileiro ao Ultimate, após a compra do evento que consagrou o manauara no MMA por parte da empresa Zuffa e de Dana White, o competidor ratificou o favoritismo e provou ser um dos principais lutadores da modalidade em seu primeiro evento sob a marca.
Depois de passar com louvor pela estreia no maior evento de lutas do mundo, Aldo demonstrou uma outra paixão além do MMA: o Flamengo. Com uma bandeira de uma das organizadas do clube, o manauara elogiou o adversário e ressaltou a estrategia de luta baseada no muay thai. "Foi um lutão. O Mark é um cara muito duro e vim com o Muay Thai afiado. É caveira p...", comemorou o campeão.
O atleta nortista demonstrou pela primeira vez no UFC o que os fãs do WEC já estão acostumados: agressividade e um excelente trabalho de muay thai, principalmente com a utilização dos chutes baixos. Dominante dentro do octógono, o detentor do título dos pesos penas não teve trabalho para colocar o canadense no chão, conseguindo dois takedowns durante os cinco primeiros minutos de combate.
Mais veloz dentro do octógono, Aldo novamente apostou nas quedas para pontuar. Com mais duas no segundo round, o brasileiro conseguiu neutralizar o embate e novamente minar as principais armas do adversário canadense. As boas combinações no chão deram nova vantagem ao lutador manauara.
A alta intensidade da luta acabou derrubando o ritmo de luta. Com os dois combatentes mais cansados, as trocas de golpes se tornaram mais reais, até o final da parcial. Em um vacilo de Hominick, Aldo conseguiu encaixar uma ótima sequência de golpes e se aproximar da vitória no minuto final. Entretanto, o canadense, apoiado pela torcida, resistiu ao massacre e forçou o quarto round.
A partir do quarto round, a luta ficou constrangedora para o lutador canadense. Tecnicamente muito melhor, José Aldo abusou dos chutes baixos e incomodou o adversário, que não aguentou os golpes e demonstrou grande abatimento.
Contudo, o grande momento do quarto round ocorreu com pouco mais de dois minutos restando para o término do confronto. Aldo acertou um direto de direita e derrubou o canadense. Ao trabalhar o ground and pound, o brasileiro acertou uma cotovelada que inchou no mesmo instante a testa de Hominick - ferimento poucas vezes visto na história do maior evento de lutas do planeta.
Apesar da clara desvantagem, Hominick demonstrou grande raça e continuou a lutar no último round. Apoiado pelo fanático público canadense, o desafiante conseguiu colocar José Aldo para baixo e trabalhar uma sequência de socos que empolgou a plateia.
Aproveitando o cansaço exposto pelo brasileiro, Hominick conseguiu animar o público para a luta de Georges St. Pierre. No entanto, a reação não foi a suficiente para mudar o resultado final do combate, que mantém o cinturão dos pesos penas com José Aldo.
