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Lutas

Óscar de la Hoya admite que pensou em se suicidar

1 set 2011 - 00h04
(atualizado às 03h08)
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O ex-campeão mundial de boxe Óscar De La Hoya falou pela primeira vez nesta quarta-feira sobre a grave crise que atravessou, devido ao consumo de cocaína e álcool que o fez procurar ajuda em um centro de reabilitação.

Além disso, De La Hoya também reconheceu que faz dois anos que pensou em cometer suicídio, mas que faltou coragem para isso.

De La Hoya rompeu o silêncio e falou sobre sua vida pessoal, admitindo a dependência e que falhou com sua ex-mulher e seus filhos.

O ex-pugilista, apelidado de "Golden Boy", deu estas declarações à emissora Univisión, em entrevista que transmitida na noite desta quarta-feira.

"Cheguei ao fundo do poço recentemente", comenta De La Hoya. "Como faz dois anos, pensei que minha vida não poderia ser pior, mas não tive a coragem de me suicidar, mas pensei nisso, sim."

O ex-pugilista explicou que o consumo de cocaína e, sobretudo, de álcool era o que o fazia sentir-se bem e pensar que estava acima de tudo e de todos.

"Consumi drogas, a preferida era a cocaína, mas principalmente o álcool", disse De La Hoya. "A cocaína foi a droga mais recente, durante os dois últimos anos, mas minha dependência era o álcool, porque com ele me sentia bem e seguro até o ponto em que pensava que ninguém podia me deter."

De La Hoya admitiu que permanece sóbrio há três meses e sem nenhum tipo de dependência desde que está em tratamento com os Alcoólicos Anônimos.

O ex-campeão do mundo e medalha de ouro na Olimpíada de Barcelona em 1992 também reconheceu que foi infiel à sua esposa, da qual agora se mantém separado.

"Não estamos falando de um caso similar ao de Tiger Woods, mas eu fui infiel", comentou De La Hoya, que tem dois filhos com sua esposa, Millie Corretjer, e outros três que são frutos de relações anteriores.

O "Golden Boy" disse a verdade sobre as fotos que apareceram na imprensa há alguns anos, onde vestia roupa de mulher, segundo a emissora. O ex-pugilista disse estar decidido a deixar isso para trás e diminuir o dano causado a seus familiares, e reconheceu estar enfrentando a grande luta de sua vida.

O ex-campeão mundial, que chegou ao boxe quando tinha somente cinco anos de idade, se tornou conhecido pouco após terminar o ensino médio, quando ganhou a medalha de ouro em Barcelona.

Na sequência, De La Hoya chegou ao profissionalismo, onde sempre foi um vencedor e o pugilista do peso médio mais popular da história do boxe.

O lutador se aposentou em 2009, após 16 anos de uma carreira na qual ganhou dez títulos mundiais em seis divisões diferentes de peso, além de derrotar 17 campeões internacionais.

O mexicano-americano perdeu para o filipino Manny Pacquiao na última luta que realizou como profissional, e conseguiu o último título mundial em maio de 2006 ao vencer em seis assaltos o nicaraguense Ricardo Mayorga na categoria do peso médio, pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB).

De La Hoya finalizou sua carreira profissional com 39 triunfos, sendo 30 por nocaute, e seis derrotas. Antes de deixar o boxe, já havia virado empresário ao fundar em 2002 a companhia Golden Boy Promotions, da qual é o maior acionista, enquanto também possui ações do Houston Dinamo, que joga a Liga Profissional de Futebol dos Estados Unidos (MLS).

Seu trabalho beneficente voltado à comunidade hispânica em seu país, especialmente no leste de Los Angeles, onde nasceu, foi permanente e de grande ajuda, não só pela contribuição econômica mas também pelo fato de ser um mexicano brigando por sua origem.

Ex-pugilista enfrentou vício em drogas em problemas com mulher
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Foto: Getty Images
EFE   
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