Mistério é desfeito, e decisão dos pesos leves pode ser remarcada

Derrotado pelo americano Lamont Peterson no último dia 10 de dezembro na decisão da categoria peso leve, o britânico Amir Khan protestou contra o resultado, alegando interferência externa de um homem misterioso junto aos juízes do combate. E o mistério foi desfeito, segundo publicou neste sábado diversos veículos da imprensa do país. As investigações apontaram que o homem se tratava de Mustafa Ameen, ligado à Federação Internacional de Boxe (IBF, em inglês).

A informação foi confirmada à Sky Sports News por Richard Schaefer, um dos promotores da luta que unificou os cinturões dos pesos leves pela IBF e a Associação Mundial de Boxe (WBA, em inglês). Ameen não estava envolvido diretamente com a luta, realizada em Washington, apesar de possuir uma credencial para acompanhar o evento, realizado no Walter E. Washington Convention Center, o que configuraria a interferência externa.

Segundo Schaefer, com a descoberta, a WBA deve pedir uma nova luta imediatamente, com a confirmação podendo acontecer até esta terça-feira, já que ainda falta o aval da IBF. Mas o promotor analisa que o pedido da WBA colocará pressão na entidade para que se acate o pedido. Com isso, os cinturões retornariam para Khan, 25 anos, que os unificou em julho de 2011, após vencer Zab Judah, dos Estados Unidos, em Las Vegas, quando possuia cartel de 25 vitórias e uma derrota.

À época da luta, Khan perdeu a luta por pontos, mas entrou com um recurso dez dias depois. Dentre os três árbitros, dois votaram na vitória a Peterson por 113 a 112, mas o último juiz a votar deu a vitória a Khan por 114 a 111 - o que totalizaria placar de 338 a 337 a favor do inglês, que seria considerado vencedor do combate. Mas, ainda durante o confronto, o árbitro Joe Cooper decidiu punir Khan com penalização de dois pontos por conduta imprópria, o que alterou o resultado em favor de Peterson.

O boxeador britânico acusou a interferência externa de um homem misterioso (agora identificado como Mustafa Ameen) que começou a circular a mesa dos juízes a partir do sexto round, conversando com um dos supervisores do combate. Além disso, acusou Ameen de entregar um cartão de pontuação à mesa de árbitros.

Desde o início, a WBA se propôs a investigar a identidade do homem. Porém, a IBF havia afirmado que o caso estava encerrado, além de garantir que o placar da luta não havia sofrido qualquer tipo de alteração.

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