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Lutas

Lutadores amputados tentam encontrar rivais no MMA

12 abr 2012 - 17h10
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Longe do glamour dos ringues do UFC - maior campeonato de lutas do mundo - Nick Newell rememora com amargura sua carreira no MMA. Invicto como lutador das artes marciais mistas, o americano teria tudo para se sentir orgulhoso, mas vê seu futuro no mundo das lutas sem maiores perspectivas. Newell tem parte do braço esquerdo amputado, detalhe que não atrapalha seu dia a dia, mas lhe impede de conseguir adversários.

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O lutador já teve várias lutas canceladas pela dificuldade de encontrar atletas dispostos a lutar com rivais com uma mão a menos. Em entrevista ao jornal New York Times, o lutador relata episódio em que pediu dispensa do trabalho para competir e, ao chegar ao local, descobriu que seu rival se recusara a lutar com um amputado.

Newell é um dos atletas classificados como adaptados que perseguem uma carreira no MMA, prática outrora restrita ao submundo, mas que cada vez mais ganha os holofotes e o credibilidade como modalidade esportiva. A prática do MMA virou um símbolo de dureza e de superação das dificuldades para os muitos deficientes.

De acordo com o ortopedista Jeff Traub, às vezes uma amputação faz a pessoa se esforçar muito mais para alcançar seus objetivos do que ela faria se seguisse sendo uma pessoa normal. A amputação, argumenta o médico, faz o amputado questionar por que ele não pode fazer isso, o que lhe dá mais motivação para fazerem mais.

A ambição de voltarem, por assim dizer, à normalidade tem causado discussões a cerca da possibilidade de enfrentamentos com lutadores normais. A resposta até agora parece positiva. Newell tem mais vitórias que derrotas e tentará pela primeira vez um triunfo sobre um lutador com recorde positivo, contra Chris Coggins.

O braço de Newell termina alguns centímetros depois do cotovelo, característica que dificulta sua técnica de trocas de soco, mas que facilita a vida no jogo de chão, já que os adversários têm grande dificuldade de lhe imporem uma imobilização.

Outro amputado em busca de uma chance no mundo das lutas é Keith Miner, um texano que teve sua mão direita amputada em um cortador de madeira. O lutador diz normalmente ser ignorado em suas tentativas de arranjar lutas. Miner, que utiliza uma luva para compensar a falta da mão direita, acredita, porém, que o preconceito com os lutadores não vá durar muito tempo.

Existe uma série de ex-combatentes que perderam membros na guerra e agora tentam sucesso no MMA, diz Miner, que acredita que o preconceito não deve durar muito tempo. Se eles agüentam a guerra, por que não aguentariam competir no MMA, questiona.

Iniciado no último domingo com transmissão da TV Globo, o reality show The Ultimate Fighter definiu os 16 finalistas, que dividirão uma casa e os treinos a fim do prêmio final: um contrato com o UFC. Conheça no Terra os participantes da primeira edição do programa no Brasil:
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Foto: UFC / Divulgação
Fonte: Terra
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