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Má sorte da Costa do Marfim ataca novamente

24 jun 2014 - 21h53
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Uma decisão controversa do árbitro eliminou a Costa do Marfim da Copa do Mundo nesta terça-feira, ampliando o terrível histórico em torneios de uma geração de ouro de jogadores que agora devem se sentir verdadeiros pés-frios.

O jogador da Costa do Marfim Geoffroy Serey Die (d) consola o colega de time Giovanni Sio após a derrota para a Grécia em jogo da Copa do Mundo, na arena Castelão, em Fortaleza, nesta terça-feira. 24/06/2014
O jogador da Costa do Marfim Geoffroy Serey Die (d) consola o colega de time Giovanni Sio após a derrota para a Grécia em jogo da Copa do Mundo, na arena Castelão, em Fortaleza, nesta terça-feira. 24/06/2014
Foto: Eddie Keogh / Reuters

Faltavam poucos minutos para os africanos alcançarem o objetivo de seguir para as oitavas de final da Copa do Mundo quando uma polêmica marcação deu à Grécia um pênalti nos acréscimos, prontamente convertido por Giorgios Samaras, o que garantiu a classificação do time europeu com o placar de 2 x 1.

A Costa do Marfim precisava apenas de um empate em Fortaleza para avançar às oitavas pela primeira vez em sua terceira participação em Mundiais, confirmando assim o potencial de um elenco cheio de estrelas.

Mas, em vez disso, eles vão voltar para casa decepcionados mais uma vez.

“O resultado final é cruel mesmo se os gregos tenham merecido a vitória”, disse o técnico Sabri Lamouchi.

“Poderíamos ter parado a partida um minuto antes. Vimos que tudo está nos detalhes. É muito duro, muito difícil. Há muita decepção e frustração em mim. Toda seleção fez um grande esforço”, acrescentou.

O torneio no Brasil oferecia aos marfinenses não só a chance de fazer história, mas também de se redimirem após várias decepções anteriores em torneio internacionais.

Desde 2006, eles têm sido considerados favoritos em sucessivas edições da Copa Africana das Nações, mas nunca conseguiram conquistar o título.

Eles perderam nos pênaltis as finais de 2006 e 2012 e foram eliminados na fase de mata-mata em 2008, 2010 e no ano passado.

Mas os marfinenses não demonstraram nenhuma intimidação na atuação desta terça-feira, quando empataram a pouco mais de 15 minutos para o fim da partida e pareciam a caminho de uma sagração histórica quando um desastre aconteceu.

Tudo parecia pronto para que a sorte do time mudasse nessa Copa, com jogadores lesionados se recuperando a tempo e os Elefantes estreando com vitória sobre o Japão e perdendo por pouco para a Colômbia por 2 x 1 no segundo jogo. Eles precisavam de apenas um ponto nesta terça para avançar.

“Tudo está nos detalhes. Vimos isso contra a Colômbia, vimos isso hoje contra a Grécia. Precisamos equilibrar mais os lados ofensivo e defensivo”, disse Lamouchi.

O mau resultado no Brasil pode convencer jogadores como Didier Drogba, Kolo e Yaya Touré e Didier Zokora a permanecerem no elenco para mais uma última tentativa de glória --na Copa Africana das Nações de 2015 no Marrocos, daqui a cerca de seis meses.

"Há seis jogadores que jogaram três Mundiais e quatro que jogaram dois. Estou muito triste por todos que fizeram um grande esforço... Eles trabalharam muito e não têm nenhuma razão para desistir", disse Lamouchi, que não vai continuar no cargo, pois seu contrato não foi renovado.

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