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Maria Silvia deixa comando da empresa olímpica do Rio

1 abr 2014 - 12h44
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A presidente da Empresa Olímpica Municipal do Rio de Janeiro, Maria Silva Bastos Marques, vai deixar a chefia do órgão responsável por supervisionar todos os preparativos da cidade para os Jogos de 2016, informou a prefeitura nesta terça-feira.

O pedido de demissão de Maria Silvia, ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), acontece dias após o Comitê Olímpico Internacional (COI) ter cobrado que o Rio acelere o ritmo dos preparativos, em especial a definição do orçamento de diversos projetos que seguem sem custo e responsabilidade definidos.

De acordo com a assessoria da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia vai permanecer no cargo por mais um mês para um período de transição e depois continuará contribuindo com o projeto olímpico como conselheira do prefeito Eduardo Paes.

Joaquim Monteiro de Carvalho, que estava na Secretaria de Transportes, será o novo presidente da Empresa Olímpica.

A ex-presidente da CSN é a segunda autoridade a deixar um cargo de comando na preparação dos Jogos Olímpicos de 2016. Em agosto do ano passado, o ex-ministro Marcio Fortes pediu demissão da chefia da Autoridade Pública Olímpica (APO), responsável por coordenar as ações públicas das três esferas de governo voltadas para os Jogos Olímpicos. Fortes foi substituído pelo general Fernando Azevedo e Silva.

A pouco mais de dois anos do início dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro ainda não concluiu o orçamento do evento e enfrenta atrasos em algumas obras, como na construção do Parque Olímpico de Deodoro, onde serão disputadas nove modalidades em 2016.

Em visita à cidade no mês passado, uma comissão do COI disse que era "crucial" que os organizadores fechassem o orçamento e determinassem qual esfera de governo seria responsável por cada um dos projetos olímpicos, mas uma reunião do governo que trataria do assunto na semana passada foi adiada.

Quando o governo divulgou em janeiro a Matriz de Responsabilidade dos Jogos Olímpicos, documento que estabelece os custos, prazos e os entes responsáveis pelas obras, foram apresentados os valores de apenas 24 de um total de 52 obras voltadas exclusivamente para o evento, no valor de 5,6 bilhões de reais.

O orçamento total dos Jogos, incluindo as obras de infraestrutura na cidade, estava previsto para ser divulgado em março, mas o prazo não foi cumprido pelos governos.

(Por Pedro Fonseca)

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