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Atletismo

Maurren Maggi queima 2 saltos, fica sem medalha, e chora

28 ago 2011 - 07h33
(atualizado às 09h33)
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Vagner Magalhães
Direto de Daegu (Coreia do Sul)

A atual campeã olímpica Maurren Maggi teve um desempenho "para esquecer", como ela mesma definiu e se despediu do 13º Mundial de Atletismo de Daegu sem medalha no salto em distância. Após se classificar nas eliminatórias com a melhor marca, a brasileira não repetiu o desempenho na final, queimando as duas primeiras tentativas e saltando apenas 6m17 na terceira.

Maurren precisaria de uma marca melhor nos três primeiros saltos para conseguir avançar à segunda parte da decisão do Mundial. Quem terminou com a esperada medalha de ouro foi a americana Brittney Reese, que saltou 6m82. O segundo lugar ficou com a Rússia Olga Kucherenko (6m77) e o bronze foi conquistado por Ineta Radevica (6m76), da Letônia.

Bastante decepcionada após a prova, Maurren não conteve às lágrimas. "Tive um primeiro salto grande, mas salto queimado não vale. Não adianta depois correr atrás do prejuízo. A prova está aberta, a única que acertou o salto foi a Brittney (Reese, dos EUA). Vou ter que contar com uma medalha a menos no currículo", afirmou a saltadora.

A brasileira disse que o seu desempenho nesta final é para ser apagado. "Não tem explicação. Achei que ia dar, estava saltando longe. Agora é apagar a final do Mundial e bola para a frente", disse.

Apesar do desânimo, ela disse que o mau desempenho servirá fortalecê-la para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, competição em que ela busca o tricampeonato. "Estava tudo certo, eu me sinto bem. Não foi dessa vez, mas não há porque ter desespero", disse.

Histórico

Maurren é recordista brasileira e sul-americana do salto em distância (7,26 m) e tem dois títulos Pan-Americanos, em Winnipeg (1999) e Rio de Janeiro (2007). Antes da disputa do Mundial de Atletismo, ela dizia que o seu principal objetivo neste ano era a conquista do tricampeonato pan-americano, em Guadalajara, dentro de pouco mais de um mês.

No currículo ela também é detentora do recorde sul-americano da prova dos 100 metros com barreiras, com a marca de 12s71, obtida em 2001. Em 2003 conseguiu o recorde sul-americano do salto triplo, com 14m53, já superado.

Em duas oportunidades, Maurren terminou o ano como a melhor do salto em distância. Em 1999, ao cravar 7m26 e em 2003, quando fez 7m06.

Ela teve um momento difícil na carreira, quando próximo de disputar os jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, foi suspensa por doping. Foi encontrado no seu organismo a substância clostebol, que segundo ela havia sido absorvido pelo uso de uma pomada cicatrizante, em uma sessão de depilação definitiva.

Por conta do doping, ficou fora dos Jogos Olímpicos de Atenas e voltou a competir apenas em 2006, dois anos de se consagrar como campeã olímpica.

Fonte: Terra
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