PUBLICIDADE

Mayra Aguiar: 'Uma conquista assim demora um pouco para entender'

29 ago 2014 - 14h17
(atualizado às 16h12)
Compartilhar

Aos 23 anos de idade, Mayra Aguiar se tornou a maior medalhista do Brasil em Mundias de Judô. E se igualou à compatriota Rafaela Silva como as únicas campeãs mundiais do judô feminino brasileiro. Mas a caminhada para a inédita conquista em Chelyabinsk, na Rússia, não foi fácil. Em 2014, a judoca havia disputado apenas o Grand Slam de Tyumen, na também na Rússia, por conta de duas cirurgias: uma no joelho direito e outra no cotovelo esquerdo. Foram nove meses de recuperação até ela vencer as duas competições em território russo.

- Uma conquista assim demora um pouco para entender o que aconteceu, mas a emoção de subir no pódio e escutar o Hino Nacional sempre me emociona. Dessa vez foi difícil segurar o choro, realmente, porque foi dura a caminhada até chegar aqui. Passei por uma cirurgia no joelho, mas nunca duvidei que ia ganhar essa medalha - afirmou Mayra, que agora soma quatro láureas em Mundiais Sênior: a prata em Tóquio-2010, os bronzes em Paris-2011 e Rio-2013, além do ouro em Chelyabinsk.

Na final, a brasileira derrotou a francesa Audrey Tcheumeo, campeã mundial em 2011 e bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Mas a luta mais importante para a medalhista olímpica do Brasil (bronze em Londres) aconteceu na semifinal. Na disputa por uma vaga na decisão, a gaúcha reencontrou a grande rival Kayla Harrison. Foi a judoca americana quem tirou o ouro de Mayra no Mundial de Tóquio e venceu a brasileira na semifinal em Londres.

- Eu tinha certeza que seria uma luta dura. Ela tinha me tirado um ouro em um Mundial e uma oportunidade de tentar o ouro em uma Olimpíada. Aquilo estava remoendo dentro de mim e, por isso, joguei tudo de mim no tatame. Comecei muito agressiva e acho que a surpreendi. No fim, o corpo já estava cansado, mas eu não ia desistir. Poderia morrer ali no tatame - disse a brasileira.

Agora, Mayra sonha em ser campeã olímpica. Em 2016, os Jogos serão no seu país, no Rio de Janeiro.

- Quero ganhar minha medalha de ouro na Olimpíada. A caminhada vai ser dura, mas tem tudo para dar certo. Sonho quando a gente sonha fica muito distante. Isso para mim é um objetivo, quero conquistar essa medalha. E vou fazer de tudo para deixá-la no Brasil - finalizou.

Neste sábado, último dia da competição individual no Mundial, o Brasil tem mais cinco chances de medalha com Luciano Correa (-100kg), Rafael Silva (+100kg), David Moura (+100kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Rochele Nunes (+78kg). No domingo, será a vez da competição por equipes.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
Compartilhar
TAGS
Publicidade