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Messi

Sonho de Messi acaba com jejum em finais e sorriso amarelo

13 jul 2014 - 18h49
(atualizado às 20h11)
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De nada bastou marcar em duas finais de Liga dos Campeões, em duas finais de Mundiais de Clubes e em três jogos da primeira fase deste Mundial. No momento mais decisivo da Copa do Mundo e com uma Argentina totalmente preocupada com a marcação, Lionel Messi se esforçou diante da Alemanha e buscou como deu, mas não alcançou. O título mais importante da vida de Messi é alemão. A consolação foi ficar com a Bola de Ouro do torneio. 

No Brasil e no templo do futebol, o Maracanã, o camisa 10 argentino terminou sua participação no Mundial com a sensação de que os melhores momentos ficaram nos quatro primeiros jogos. O gol de Mario Götze no segundo tempo da prorrogação, vencida por 1 a 0, encerrou o sonho de Messi conquistar o tricampeonato mundial para a Argentina.

Com quatro gols marcados na primeira fase e uma assistência decisiva nas oitavas de final, Messi perdeu seu maior aliado, o contundido Ángel Di María, e não conseguiu marcar em todo o mata-mata. Mesmo assim, ganhou o título de melhor da Copa, segundo a Fifa. Neste domingo, foi mais uma vez a Argentina preocupada em não sofrer gols a prejudicá-lo. Lionel Messi fez de tudo – até vomitou pela primeira vez no torneio –, mas não fez o que precisava.

Messi vomita em campo durante a final da Copa do Mundo contra a Alemanha no Maracanã
Messi vomita em campo durante a final da Copa do Mundo contra a Alemanha no Maracanã
Foto: Themba Hadebe / AP
Biglia deu o passe que podia ter consagrado Messi no Maracanã

Em suas ações, Messi flertou com o sonhado gol desde o primeiro tempo. Das arquibancadas e de toda a Argentina, não faltou apoio para que isso acontecesse. Com 5min, depois de um bonito giro sobre Mats Hümmels, ele já foi ovacionado pela primeira vez. Enquanto dosava as energias, Messi preparava o bote que por muitas vezes esteve perto de ser fatal.

Com Ezequiel Lavezzi inspirado pelo flanco direito, a Argentina podia usar os espaços que o adversário permitia e que Messi sabe explorar como poucos. Aos 31min, o lance decisivo esteve perto de acontecer quando o camisa 10 deu início com um belo passe para Lavezzi. Atento, Higuaín disparou para concluir e até marcou após a assistência, mas Lavezzi esperou um instante a mais para acioná-lo, e o impedimento foi marcado.

Higuaín já havia desperdiçado a chance mais clara de toda a partida e, com o gol anulado, selou seu dia de pouca sorte no Maracanã. Messi ainda tentaria mais vezes, inclusive no seu ótimo primeiro tempo. Nos instantes finais,  deu uma arrancada daquelas para levantar o público. Da direita, ele engoliu a marcação e disparou para o passe da linha de fundo. Três alemães se juntaram para impedi-lo: Hümmels cortou, Neuer tocou com a mão e Boateng afastou.

Não era fácil a tarefa de Messi e pouco a pouco ela ficou mais difícil. Durante todo o jogo, ele praticamente só tinha dois companheiros com quem combinar na frente. Os outros oito, de Romero a Pérez, se limitavam a marcar para que o camisa 10 pudesse olhar o jogo na maior parte do tempo atrás do xeque-mate.

A oportunidade da vida passou diante de Messi. Em momento que o craque talvez não tivesse a concentração adequada, no início do segundo tempo, Lucas Biglia deu um bonito passe em profundidade, mas a finalização de Lionel foi imprecisa, passou rente à trave. Era a jogada da qual ele se lamentará por muitos e muitos anos.

Aquelas arrancadas incríveis, nos 70 minutos restantes, Messi ainda conseguiu fazer duas vezes. Sempre da direita para dentro, com a bola grudada ao pé esquerdo, levou Höwedes à loucura. No melhor dos lances, levou quem viu pela frente e bateu firme, mas para fora. Os argentinos reverenciaram e se curvaram com gritos de “Messi” antes de serem vice-campeões.

Messi se esforçou, talvez não tenha sido o suficiente, mas o time também deixou a desejar na ajuda para ele. Agüero entrou mal novamente e Palacio desperdiçou oportunidade que Mario Götze não desperdiçaria em uma prorrogação tensa. No gol alemão após 123min de jogo, toda a Argentina viu o sonho do título mundial ir por água abaixo.

Ainda houve uma cabeçada em que Messi viu a bola tocar a rede por fora, ainda houve uma arrancada que Bastian Schweinsteiger tratou de parar com falta. Na cobrança, o fim definitivo do sonho nos acréscimos: a finalização de Messi passou longe e ele olhou para o céu com um sorriso amarelo. O tricampeonato no Brasil acabou com Lionel em passos lentos e tristeza profunda diante da festa alemã ao apito final. 

Fonte: Terra
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