Minorias reclamam por mais espaço na festa de encerramento
A diversidade étnica do Canadá e o papel exercido pelas minorias no desenvolvimento da cultura do país tiveram pouco espaço durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno. A reclamação, motivo de matéria do jornal Vancouver Sun, foi feita por líderes de diversas comunidades presentes na cidade-sede da competição.
O assunto referente à festa ocorrida na última sexta-feira é tão sério em Vancouver que o Comitê Organizador da Olimpíada (Vanoc) agendou até uma reunião com Peter Kwok, chefe-executivo de uma associação sino-canadense, e Sukhi Sandhu, renomado técnico indo-canadense, para discutir com os dirigentes um modo para ampliar a representação das minorias na cerimônia de encerramento do evento, em 28 de fevereiro.
A principal reclamação de Sandhu é quanto aos últimos 13 homens que carregaram a tocha olímpica antes do acendimento da pira. Entre eles, astros como o jogador de basquete Steve Nash, o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger e a lenda do hóquei Wayne Gretzky, mas nenhum integrante de um grupo étnico minoritário.
Em Vancouver, mais da metade da população é considerada oriunda de minorias, mas apenas a comunidade aborígene teve sua importância reconhecida durante a cerimônia de abertura, conforme reclamou a socióloga Indira Prahst ao diário.
Os demais grupos, segundo Sandhu, foram praticamente ignorados, enquanto que a influência dos colonizadores do Canadá - Inglaterra e França - e das milhões de pessoas que imigraram para o país foram muito lembrados. Kwok, nesse contexto, definiu-se desapontado e espera mudar esse cenário de olho na festa de encerramento dos Jogos.
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