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Nadadores do Brasil "madrugam" por recordes em Mundial

14 ago 2010 - 09h52
(atualizado às 13h41)
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Dassler Marques
Direto de Eindhoven

Os 24 nadadores brasileiros que disputam a partir de domingo o Mundial Paraolímpico de Natação em Eindhoven, na Holanda, se utilizaram de um lema muito próprio do Brasil para quebrar recordes na edição 2010: "Deus ajuda quem cedo madruga". Ao contrário da grande maioria dos concorrentes, o País já está representado em território holandês desde o dia 4 de agosto.

O objetivo principal da equipe é manter ou mesmo superar o recorde alcançado no Mundial de Durban, realizado na África do Sul em 2006. Na ocasião, os brasileiros terminaram entre os cinco melhores da competição, com 26 medalhas no total, sendo 12 de ouro. Além disso, também já será possível encaminhar vagas para as Paraolimpíadas de Londres, em 2012.

"É importante a gente já poder estar no mesmo lugar há mais tempo, poder fazer treinos, pré-aquecimentos. Chegamos entre os dias 4 e 5, mas há países chegando apenas nos dias 9, 10. A equipe dos Estados Unidos, se não me engano, chegou três dias antes do início", conta Andre Brasil, um dos maiores expoentes da delegação brasileira.

Andre e o badalado Daniel Dias realizaram até uma preparação diferenciada antes de chegar na Holanda há 10 dias. A dupla esteve em Sierra Nevada, localizada na região de Andaluzia, na Espanha. Durante três semanas, ambos se exercitaram com rigor nos cerca de 3 mil metros de altitude da cidade espanhola.

"Foi muito importante para a parte fisiológica. Pudemos produzir mais hemoglobinas, carregar mais oxigênio e isso acarreta em mais fôlego", observa Andre Brasil. Como irá competir em seis provas individuais e em outros dois revezamentos, em um intervalo de apenas seis dias, ele precisa potencializar a recuperação.

Daniel Dias, que compete em sete provas individuais e deve participar ainda de outros quatro revezamentos, é o nadador brasileiro que, ao lado de Andre Brasil, está dentro do Projeto Ouro. Por esse mecanismo, o Comitê Paraolímpico Brasileiro privilegia a preparação daqueles que têm mais chance de medalha. São dez atletas no total de todas modalidades, mas apenas Daniel e Andre representam a natação.

Indepente dos privilégios, a delegação brasileira faz projeções animadoras para os 24 atletas. "Podemos ter surpresas, porque não sabemos como são formadas as equipes até o Mundial começar. Existe muita renovação, inclusive no Brasil. Esperamos conseguir boas conquistas individuais, que deixem o país entre os melhores do mundo", acredita Gustavo Abrantes, coordenador técnico da equipe de nadadores.

Vagas para os Jogos de Londres

Na natação, inclusive a paraolímpica, é comum haver atletas multicampeões, que conquistam muitas medalhas. O sistema de qualificação para os Jogos de Londres, porém, impõe uma restrição. Mesmo vencendo várias finais, um competidor não pode garantir mais de uma vaga para seu país, o que exige mais da força de equipe como um todo.

Daniel Dias busca quebrar mais recordes mundiais, em Eindhoven
Daniel Dias busca quebrar mais recordes mundiais, em Eindhoven
Foto: Beto Monteiro/Exemplus / Divulgação
Fonte: Terra
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