Nadadores paraolímpicos finalizam aclimitação para o Mundial
A Seleção Brasileira finaliza nesta quarta-feira o período de aclimatação para o Mundial Paraolímpico de Natação, que vai ocorrer em Eidhoven, Holanda, entre os dias 15 a 22 de agosto. Com objetivo de se habituarem com o fuso, clima e horário do país, os nadadores participam dos treinos em dois períodos do dia, em uma das três piscinas do local da competição, no estádio Van Den Hoogenband Pieter.
Composta pelos principais nadadores paraolímpicos brasileiros, a Seleção participa do Mundial com 24 atletas. São oito mulheres e 16 homens. A média de idade será de 27,5 anos, dois a menos que em Pequim 2008, quando a média foi de 29,5 anos. Por integrar jovens promessas e atletas experientes, o Brasil chega para a competição com a expectativa de medalhas e conquistas de vagas para as Paraolimpíadas de Londres 2012.
"A natação é um dos principais esportes paraolímpicos do país. A estratégia do Comitê Paraolímpico Brasileiro para os Jogos de Londres inclui fundamentalmente a natação, já que a modalidade foi responsável por quase 50% das medalhas conquistadas em Pequim. Por estar exatamente no meio do ciclo paraolímpico, o Mundial é um ótimo termômetro para sabermos a atual condição do Brasil", avalia Andrew Parsons, presidente do CPB.
Em Pequim, a natação ficou em oitavo lugar, com 19 medalhas conquistadas. Foram oito de ouro, sete de prata e quatro de bronze. No quadro geral, o Brasil terminou os Jogos em nono lugar, com 47 medalhas.
Considerada pela comissão técnica brasileira como a competição mais importante dos últimos dois anos, o Mundial reunirá 655 atletas de 54 países.
"Depois das Paraolimpíadas, este é o principal evento, pois é o primeiro processo de definição de vagas para os Jogos de Londres 2012", explica Gustavo Abrantes, coordenador técnico de natação do CPB.
No último mundial, em Durban, 2006, o País conquistou sete vagas para Pequim por sete medalhistas de ouro, sendo cinco homens e duas mulheres. Na ocasião, foram 26 medalhas para o Brasil: 12 de ouro, sete de prata e sete de bronze. Ao conquistar o ouro, cada atleta pode abrir uma única vaga para brasileiros.
"Teremos nossos principais atletas, Andre Brasil e Daniel Dias, mas também outros nomes que vêm se destacando, como o Phelipe Andrews, Verônica Almeida e Edênia Garcia. O mais importante é que a Seleção está se renovando, com jovens talentos como Matheus Rheine, Talisson Glock e Roberto Alcade", destaca Edilson Alves Tubiba, diretor técnico do Comitê Paraolímpico Brasileiro.
Apontado como a principal esperança de medalhas do Brasil ao lado de Andre Brasil, Daniel Dias promete fazer bonito no Mundial.
"Vou disputar sete provas individuais. Espero conquistar medalha em todas. De preferência de ouro", diz Daniel.
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