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Atletismo

Nas provas de fundo, quenianos deixam o mundo para trás

1 set 2011 - 19h10
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Vagner Magalhães
Direto de Daegu (Coreia do Sul)

O cartão de visitas dos quenianos no 13º Mundial de Atletismo, que está em disputa na cidade sul-coreana de Daegu até o próximo domingo, foi distribuído já no primeiro dia de competição, durante a maratona feminina. Na prova, o Quênia ficou com as três medalhas em disputa: ouro, prata e bronze. Após seis dias e a distribuição de 21 das 47 medalhas do evento, o país ainda ganhou mais duas de ouro, somando oito medalhas no total. Sete delas foram em provas acima dos 3.000 m. A única em distância mais curta foi do recordista olímpico David Rudisha, nos 800 m.

Além do Quênia, a Etiópia (um ouro e um bronze), Botsuana (um ouro), Sudão e Tunísia, com uma prata cada, completam a lista dos africanos bons de fôlego. Juntos superam os Estados Unidos, líder do quadro de medalhas. Enquanto o continente africano tem cinco ouros, os EUA tem quatro até aqui.

Os quenianos surgiram no cenário olímpico no México, em 1968, ao conquistarem nove medalhas (três de ouro). Daí para a frente são inegavelmente os mais bem sucedidos nas provas de fundo. País pobre, com cerca de 37 milhões de habitantes, tem atraído estudos científicos para tentar entender o sucesso obtido nesse tipo de prova.

A final da prova dos 800 m, contou, inclusive, com uma rivalidade continental. O queniano David Rudisha contra o sudanês Abubaker Kaki, ouro e prata, respectivamente. Rudisha diz que a rivalidade é saudável, mas dentro da pista tem de pensar no melhor para si. "Temos competido sempre juntos. Um dos principais objetivos do meu treinamento é ficar na frente dele".

Rudischa diz que todo o tempo em que correm juntos, é um desafio à parte. "É bom para nós dois virmos aqui ganhar o ouro e a prata. Foi uma corrida muito emocionante", disse, nesta quinta-feira, depois de deixar o pódio. Os dois correm juntos desde o mundial de juniores, em 2006.

Após a quebra do recorde mundial no ano passado, Rudisha diz que já planeja nova marca. "Quero ver se consigo correr abaixo do 1min41". Atualmente o recorde dele é de 1min41s01.

Conheça as provas que deram medalhas aos africanos em Daegu:

Quênia

Vivian Jepkemoi, ouro nos 10.000 m

David Rudisha, ouro nos 800 m

Edna Kiplagat, ouro na maratona

Sally Kipyego, prata nos 10.000 metros

Priscah Jeptoo, prata na maratona

Linet Masai, bronze nos 10.000 m

Milca Cheywa, bronze nos 3.000 m com obstáculos

Sharon Cherop, bronze na maratona

Etiópia

Ibrahim Jeilan, ouro nos 10.000 m

Imane Merga, bronze nos 10.000 m

Botsuana

Amantle Montsho, ouro nos 400 m

Tunísia

Habiba Ghribi, prata nos 3.000 m com barreiras

Sudão

Abubaker Kaki, prata nos 800 m

O queniano David Rudisha conquistou a medalha de ouro nos 800 m
O queniano David Rudisha conquistou a medalha de ouro nos 800 m
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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