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Com Seleção Brasileira e jogo, Salvador terá outro dia de manifestações

18 jun 2013 - 21h02
(atualizado às 22h13)
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<p>Nesta segunda-feira, milhares de pessoas tomaram o centro financeiro de Salvador para protestar</p>
Nesta segunda-feira, milhares de pessoas tomaram o centro financeiro de Salvador para protestar
Foto: Carol Morena Vilar / Divulgação

Assim como em outras cidades brasileiras, Salvador vive a onda de protestos gerados inicialmente pelo aumento nas tarifas de ônibus. Portanto, tudo indica que no dia 20 de junho a capital baiana alcançará seu ponto de ebulição mais alto, com uma nova manifestação que coincidirá com a chegada Seleção Brasileira - que enfrentará a Itália na Arena Fonte Nova - e também a partida entre Uruguai e Nigéria.

Confira todos os vídeos da Copa das Confederações

Encabeçado pelo Movimento Passe Livre (MPL), que pede entrada de graça para estudantes nos ônibus, a manifestação começará em Campo Grande, zona norte de Salvador, próximo do Pelourinho. Depois, ela andará por cerca de 8km até chegar ao Estádio Fonte Nova. Estima-se que isso acontecerá por volta das 16h (de Brasília), sendo que a partida entre Uruguai e Nigéria acontecerá três horas depois.

"Na preparação para marcha já tivemos umas 1.200 pessoas e calculamos que marchará um número de pessoas similar a isso ou até maior", contou um manifestante, em entrevista ao Terra, acrescentando que o protesto também pretende repudiar "a repressão que aconteceu no Rio de Janeiro e também em São Paulo".

Quase ao mesmo tempo que o elenco uruguaio chegava em Salvador, vindo de Recife, a cidade também foi um dos epicentros de protestos massivos que aconteceram em várias capitais pelo Brasil. De acordo com os organizadores, em Salvador 8 mil pessoas saíram para as ruas, o que é significante para uma região que, segundo ele, é escassa na tradição de protestos.

<p>Arena Fonte Nova vai receber jogo nesta quinta e depos uma partida do Brasil, contra a Itália</p>
Arena Fonte Nova vai receber jogo nesta quinta e depos uma partida do Brasil, contra a Itália
Foto: Felipe Oliveira/Agif / Gazeta Press

"O que estão fazendo é uma vergonha. Gastar dinheiro construindo estádios em uma país com tantas necessidades", defendeu Wanderson, um taxista que, assim como muitos baianos, está a favor dos protestos.

O discurso de Wanderson mostra algo que também é perceptível nas bandeiras levantadas pelos manifestantes: não se trata apenas de reclamar por causa do aumento na tarifa do ônibus; o povo também reclama contra os milionários investimentos aplicados para a Copa das Confederações e para Copa do Mundo.

"Além do dinheiro investido, acrescentaram mais caos ao trânsito que já era caótico na cidade", reclamou outro manifestante, referindo-se a uma decisão do prefeito Antonio Carlos Magalhães Neto, que cortou ruas próximas ao Estádio Fonte Nova para teoricamente facilitar a circulação de torcedores em dias de jogo.

Além disso, ACM Neto ainda tomou outras decisões que irritaram os baianos: no dia do jogo entre Uruguai e Nigéria, declarou feriado municipal e ordenou que duas das principais estações de ônibus da cidade, Lapa e Barroquinha, fiquem fechadas.

O que dizem as autoridades

<p>Autoridades disseram que manifestação em Salvador foi um modelo</p>
Autoridades disseram que manifestação em Salvador foi um modelo
Foto: Hálice Freitas / Futura Press

Os comentários sobre as marchas promovidas pelos jovens são incessantes e provocaram incertezas sobre o que pode acontecer daqui para frente. Sobre isso, após consulta do Terra sobre algum tipo de operação especial de segurança, a resposta foi um comunicado oficial de imprensa.

"o secretário estadual de comunicação social, Robinson Almeida, afirmou que as manifestações em várias capitais do Brasil, inclusive em Salvador, demonstram a maturidade da democracia do País". O comunicado diz ainda que a orientação do governo "é que o direito de manifestação conviva com o direito de ir ao estádio, das famílias que vão ver os jogos da Copa das Confederações.

Por fim, a conclusão da nota ainda elogia o protesto em Salvador: "ontem (segunda-feira), tivemos uma experiência em Salvador, na qual o direito de manifestação conviveu com outros direitos de todo cidadão, inclusive a segurança dos manifestantes. Esperamos que este seja o modelo nos outros protestos que estão agendados".

Fonte: Terra
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