Campeões mundiais lançam camisas de R$ 1 mil em São Paulo
A Associação dos Campeões do Mundo, formada por atletas que conquistaram uma Copa pela Seleção Brasileira, lançou nesta quarta-feira réplicas das camisas usadas nos Mundiais de 1958, 1962 e 1970. O objetivo é arrecadar uma boa quantia financeira para ajudar ex-atletas que formaram o grupo nas três primeiras conquistas, e que hoje passam por dificuldades, especialmente por causa do estado de saúde.
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Cada camisa vai custar R$ 1.050,00 e todas elas serão vendidas na loja Roxos e Doentes do Pacaembu, ou pelo site da loja. A Athleta é a fabricante de cada réplica, que é exatamente igual às peças que os atletas vestiram nos mundiais da Suécia, Chile e México, respectivamente. O custo de cada objeto foi superior a R$ 400, mas foi todo financiado pela Telefônica, parceira da Associação dos Campeões no Mundo nesta iniciativa. A empresa vai lançar 200 camisas de cada um dos 33 atletas que aceitaram ceder a sua imagem para o projeto.
"Desde 2006 iniciamos alguns projetos com a Associação, com o objetivo de não deixar pessoas tão importantes para o futebol brasileiro desamparadas. Eu estava na Copa do Mundo de 2006 e o Dunga me deu uma camisa para o Pepe autografar para ele. Ele disse que não o tinha visto jogar, mas que o pai dele contou que o Pepe tinha sido um grande jogador, por isso fazia questão de ter uma camisa autografada por ele", comentou Marcelo Izar Neves, filho do bicampeão mundial Gilmar dos Santos Neves e presidente da entidade.
Na solenidade desta quarta-feira, três campeões mundiais estiveram presentes: Zito, Pepe e o capitão do Mundial de 1970, Carlos Alberto Torres. Cada um recebeu uma camisa de presente. Eles vão receber uma quantia conforme a venda das camisas, que serão personalizadas. A divisão será igual para todos os atletas que hoje estão associados.
"Estou super contente em receber esta camisa. Não tinha uma camisa da época. A que eu usei em 1958 eu dei de presente para um amigo e acabei ficando sem. Para mim é emocionante ter uma camisa idêntica à que eu usei em 1958", comentou Zito, bem animado.
"Acho que o mais importante disso não é arrecadar esmola para ex-jogador de futebol. O mais importante é manter viva as lembranças do que todos estes jogadores fizeram pelo país", completou Carlos Alberto Torres.