Governo colombiano aceita plano de salvamento para Millonarios
Com um currículo que inclui 13 títulos nacionais, grandes jogadores da história do futebol - como Alfredo Di Stéfano, Adolfo Pedernera e Carlos Valderrama - e dinheiro do tráfico de drogas, o Millonarios, da Colômbia, está atualmente afundado em dívidas, mas ganhará uma ajuda do governo do país para tentar se reerguer e voltar aos dias de glória.
Um plano de salvamento para evitar a falência do clube foi aprovado nesta sexta-feira pelo governo colombiano. O anúncio foi feito pelo ministro do Interior e da Justiça, Fabio Valencia, após uma sessão extra do Conselho Nacional de Entorpecentes (CNE), presidido por ele.
Na reunião, o CNE aceitou que o Millonarios se transforme em sociedade anônima, como propôs o empresário José Roberto Arango, encarregado pelo governo de criar o plano. Uma das primeiras medidas será vender um edifício do clube localizado na capital Medellín para ajudar a cobrir dívidas de 33 bilhões de pesos colombianos (cerca de R$ 28 milhões).
Por meio de comunicado, Valencia disse que a Direção Nacional de Entorpecentes (DNE) foi autorizada a votar a favor do plano em uma próxima reunião de acionistas do Millonarios. A DNE representa o governo na posse de 27,15% das ações do clube, que foram de propriedade do narcotraficante Gonzalo Rodríguez Gacha (conhecido como "Mexicano"), morto pela polícia.
Cerca de 40% dos papéis são de Juan Carlos López, atual presidente do Millonarios, e do ex-técnico César Augusto García, enquanto a outra parte está sob controle de pequenos acionistas. O plano de salvamento "constitui o mecanismo apropriado para proteger o patrimônio do Estado", afirmou o ministro.