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Copa do Mundo

Cameron é frustrado com documentário sobre corrupção na Fifa

27 nov 2010 - 10h04
(atualizado às 14h02)
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O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, expressou "frustração" pela decisão da BBC de transmitir na próxima segunda-feira um documentário sobre a corrupção na Fifa, três dias antes da decisão do organismo de qual país irá sediar a Copa do Mundo de 2018, entre os quais está a Inglaterra.

Os responsáveis pela candidatura da Inglaterra para receber o Mundial expressaram preocupação com a possibilidade de que o conteúdo da reportagem da cadeia britânica influencie negativamente os 22 membros com direito de voto na Fifa.

As candidaturas conjuntas de Espanha-Portugal e Holanda-Bélgica e a da Rússia concorreram com a Inglaterra para serem a sede da Copa do Mundo de 2018, que será votada na próxima quinta-feira.

Em declarações à BBC, Cameron disse que já falou com alguns dos membros do comitê executivo da Fifa sobre o assunto e que seguirá fazendo o mesmo durante os próximos três dias que estará em Zurique, integrando a delegação inglesa.

"Se é frustrante que o Panorama (o programa da BBC) vá apresentar o documentário dias antes da votação? Claro que é, mas este é um país livre e temos de aceitá-lo", disse.

"Acho que a Fifa entenderá e acredito que temos de tentar convencê-los que temos uma imprensa independente e sólida, que ama o futebol quando se trata de Mundial, no que se refere a audiência e a cobertura informativa no mundo todo".

Cameron indicou que a tarefa da candidatura deve ser destacar diante dos membros da Fifa as qualidades do projeto da Inglaterra, que deseja voltar a organizar um Mundial depois do de 1966, no qual conseguiu seu único título.

"Nosso objetivo é dizer a Fifa: olhem as candidaturas por seus méritos, pelos aspectos técnicos, os estádios, os torcedores, o país, o que Inglaterra pode oferecer", explicou.

A BBC antecipou que o documentário do programa Panorama será centrado no vice-presidente da Fifa, Jack Warner, que nesta mesma semana disse que o documentário parece ter como objetivo minar as possibilidades da candidatura inglesa.

Em declarações ao jornal de Trinidad e Tobago Newsday, Warner manifestou: "acho que desejam a morte da Federação Inglesa e espero que fracassem porque não é correto o que estão fazendo".

O voto de Warner é um dos cruciais para a Inglaterra, porque possivelmente influenciará os votos dos outros dois membros da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), Chuck Blazer e Rafael Salguero.

Prova da importância deste voto à Inglaterra está o fato de que Cameron tenha convidado Warner para jantar em Zurique, possivelmente nesta terça.

Warner declarou ao Newsday que o voto da Concacaf "ainda não está decidido" e que a decisão será tomada na cidade suíça.

Inglaterra levará uma delegação de luxo a Zurique em um último esforço para que a Fifa conceda a organização do Mundial. À frente da deleção, o príncipe William, Cameron e David Beckham, acompanhados por cinco ex-jogadores ingleses: Bobby Charlton, Gary Lineker, Alan Shearer, Andy Cole e John Barnes.

A delegação será composta por 30 pessoas, na qual também está o treinador da seleção, Fabio Capello. O executivo-chefe da candidatura inglesa, Andy Anson, disse que esta representação é um reflexo de que "esta candidatura tem o respaldo de todo o país".

"A semana que vem é crítica porque é a última oportunidade para convencer os membros do comitê executivo da Fifa que votar pela Inglaterra deve ser sua opção para 2018", disse Anson, disposto "a fazer campanha até o último minuto".

Perto de disputar o Mundial de Clubes, o Internacional promoveu no Ginásio Gigantinho o evento "Rumo a Abu Dhabi", em que apresentou a cultura dos Emirados Árabes.
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Foto: Vipcomm/Marcos Nagelstein / Divulgação
EFE   
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