Beijo em meio a pancadaria roda o mundo; fotógrafo explica
17 jun2011 - 15h41
(atualizado em 8/12/2011 às 18h06)
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A foto foi tirada em Vancouver, em meio aos violentos distúrbios que aconteceram após uma partida de hóquei. O autor estava ali para retratar o caos, quando captou um casal deitado na rua "entre a polícia e um espetacular incêndio".
Ninguém sabe quem são, nem por que fizeram isso, mas a imagem parece ser uma dura competidora para aquela tirada em agosto de 1945 na Times Square, em Nova York, em que um marinheiro beija apaixonadamente uma enfermeira.
Estão se beijando? Ele a está socorrendo? É uma montagem? Como é possível que houvesse amor entre tanta violência?
Os graves distúrbios de dois dias atrás em Vancouver, após a derrota do time de hóquei dos Canucks diante do Boston Bruins, não apenas deixaram imagens de violência e destruição, mas também uma que já entrou para a história dos mistérios.
A fotografia deu a volta ao mundo por intermédio das redes sociais, mas nem sequer o autor, Rich Lam, da agência Getty Images, pode assegurar se era um beijo ou outra coisa. Segundo conta o The Guardian e reproduz nesta sexta o diário El Mundo de España, enquanto Lam tentava tirar fotos da confusão, ele viu o casal.
"Eu estava a uns 20 ou 30 m de distância e apareceram no meio da rua (...) Não acho que algum deles estivesse ferido", disse. Lam tirou várias fotos do momento, e então desapareceram do enquadro de sua câmera.
O fotógrafo explica como tudo aconteceu. No meio do caos, com carros pegando fogo, a polícia investindo contra os torcedores dos Canucks, e as casas ao redor ardendo em chamas, "me dei conta de que no meio do cordão policial eles estavam deitado na rua, entre a polícia e um incêndio".
"Em um primeiro momento, não percebi. Foi meu editor, mais tarde, repassando as imagens, que percebeu que não era um casal ferido, e sim que estava se beijando", disse o fotógrafo. Agora, ninguém sabe quem são, nem porque fizeram aquilo.
E a violenta noite não deixou só imagens de pessoas alteradas ateando fogo a tudo que encontravam, ou de policiais atacando. A noite que viveu Vancouver deixou um sem-fim de imagens curiosas, pouco habituais em acontecimentos deste tipo.
Pessoas posando em frente a carros em chamas, jovens acendendo charutos com o fogo que queimava caixas, homens "tocando guitarra" em pernas de manequins... Vancouver se converteu em uma janela de arte urbana violenta, onde só restou as cinzas de um beijo em meio à fúria.
Gustavo KuertenNos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata-1995, o tenista Gustavo Kuerten ganhou os holofotes mais por conta da aparência, pouca ortodoxa para um tenista, do que pelos resultados em quadra. Dois anos depois, o mesmo garoto de cabelos desgrenhados, pinta de surfista e golpes desconcertantes abocanhou o trofeu de Roland Garros. Guga venceria ainda por mais duas vezes o nobre torneio francês
Foto: Getty Images
Maurren MaggiMaurren Maggi ganhou notoriedade no Pan de Winnipeg 1999, quando faturou o ouro no salto em distância. No Pan do Rio 2007, deixou novamente as oponentes comendo poeira e celebrou o bicampeonato. Experimentada, consagrou-se nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 ao ser a primeira brasileira a obter uma medalha de ouro em esportes individuais no principal evento poliesportivo do mundo
Foto: Getty Images
Michael JordanAinda garoto, Michael Jordan fez chover no Pan de Caracas 1983. O ouro na Venezuela foi apenas a fagulha de uma carreira sem paralelos no basquete mundial. Depois do Pan, Jordan seria campeão olímpico duas vezes, campeão seis vezes da NBA e considerado o melhor jogador de todos os tempos no esporte
Foto: Getty Images
Torbem GraelA história da vela brasileira se confunde com a trajetória de Torben Grael. Estreou no Pan de Caracas 1983 com uma medalha de bronze. Ganharia ainda outras cinco medalhas em Jogos Olímpicos (duas ouro, duas prata e uma bronze) e mais cinco títulos mundiais. Edificou a carreira na classe Star
Foto: Getty Images
Mark SpitzNo alto dos 17 anos, ganhou cinco medalhas de ouro no Pan de Winnipeg 1967. O rótulo de gênio do esporte, porém, só veio com a incrível marca de nove medalhas de ouro acumuladas nos Jogos Olímpicos da Cidade do México 1968 e de Munique 1972
Foto: Getty Images
Ricardo PradoProdígio, Ricardo Prado já disputava campeonatos pela Seleção Brasileira aos 12 anos. Em Jogos Pan-Americanos, acumulou sete medalhas (dois ouros, três pratas e dois bronzes). No ápice da forma física e técnica, foi prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984. Ainda hoje é reconhecido como um dos mais talentosos nadadores brasileiros
Foto: Gazeta Press
Acelino "Popó" FreitasPopó fez vítimas no Pan de Mar del Plata 1995. Após a prata nos ringues argentinos, largou o amadorismo e decidiu se empenhar na conquista do cinturão mundial, feito que conseguiu em 1999, ao bater o cazaque Anatoly Alexandrov por nocaute e se sagrar o melhor entre os Leves
Foto: Getty Images
Randy CoutureO estrelato de Randy Couture começou a ser moldado no Pan de Havana 1991, quando foi ouro na luta greco-romana. Em 1997, iniciou uma sólida carreira no MMA, que culminou com dois títulos mundiais do Ultimate Fighting Championship (UFC) em duas categorias diferentes: meios-pesados e pesos-pesados
Foto: Getty Images
Wanderley Cordeiro de LimaBicampeão da maratona nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003, Wanderley Cordeiro responde por uma das trajetórias mais heroicas da história recente da Olimpíada. Em Atenas 2004, foi agredido em plena disputa por um fanático religioso, mas se recompôs e cruzou a linha de chegada a tempo de levar o bronze
Foto: Getty Images
Maria Esther Bueno Antes de conquistar Wimbledon por três vezes (1959, 1960 e 1964), Maria Esther Bueno desfilou a classe no Pan da Cidade do México 1955. Além disso, contabiliza 589 títulos ao longo da carreira
Foto: AFP
Cesar CieloÚnico nadador brasileiro a ocupar o topo do pódio em Jogos Olímpicos também brilhou no Pan. No Rio de Janeiro, em 2007, foi soberbo ao levar três ouros. Ali, começava o domínio nos 50 m, distância que lhe traria os títulos olímpico e mundial
Foto: Getty Images
Rodrigo Pessoa Cavaleiro da primeira estirpe, filho de Nelson Pessoa - ouro no Pan de Winnipeg 1967 - Rodrigo Pessoa não tardou a mostrar do que era capaz. No Pan de Mar Del Plata 1995, com 22 anos, levou o ouro diante de cavaleiros bem mais experientes. Montando o Baloubet Du Rouet, fiel escudeiro, arrebatou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas 2004
Foto: Getty Images
Seleção Brasileira de basquete femininoO ouro no Pan de Havana 1991 arrancou elogios do até então sisudo Fidel Castro. Três anos mais tarde, capitaneada por Janeth (foto), Hortência e Magic Paula, a equipe levou o inédito título mundial para o basquete brasileiro feminino
Foto: Getty Images
Seleção Brasileira masculina de VoleibolUma derrota que forjou uma geração. A prata no Pan de Havana 1991 impulsionou um time que "varreu" os adversários nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992. Tande, Giovane, Maurício, Marcelo Negrão e Carlão foram os grandes atores do inédito ouro olímpico para o voleibol brasileiro
Foto: Getty Images
JairzinhoO Pan de São Paulo 1963 presenciou de perto as arrancadas infernais de Jairzinho, fundamental para a conquista da medalha de ouro. Sete anos mais tarde, transformaria-se em um dos simbolos do tri mundial da Seleção Brasileira no México
Foto: Getty Images
Adhemar Ferreira da SilvaO topo do pódio no Pan de Buenos Aires 1951 foi um prenúncio do que viria. Um ano depois, Adhemar levou o ouro nos Jogos Olímpicos de Helsinque. Repetiria o feito nas Olimpíadas de Melbourne 1956
Foto: Getty Images
Mark McGwireConseguiu dois home runs e foi o maior rebatedor da seleção dos EUA, com seis corridas marcadas no torneio. McGwire, porém, não conseguiu evitar que os Estados Unidos perdessem o ouro para Cuba e a prata para Nicarágua, ficando com o bronze. Depois do Pan, o rebatedor ganharia fama ao quebrar o recorde de home runs da Liga Americana de Beisebol (MLB), em 1998
Foto: Getty Images
Seleção Cubana feminina de VoleibolHegemônica no voleibol feminino na década de 1990, formou-se a partir do talento inquestionável de jogadoras como Regla Torres, Mireya Luis e Regla Bell. Além do apoteótico ouro no Pan de Havana 1991, as meninas do técnico Eugenio Jorge conquistaram o tri olímpico em Barcelona 1992, Atlanta 1996 e Sydney 2000
Foto: Getty Images
Teófilo StevensonLenda do boxe cubano, Teófilo Stevenson levou a melhor nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México 1975 e San Juan 1979. A fama mundial veio com o ouro nos Jogos Olímpicos de Munique 1972, Montreal 1976 e Moscou 1980
Foto: Getty Images
Willis ReedO gigantesco pivô já era um dos nomes mais valiosos do basquete americano quando atuou no Pan de São Paulo 1963. Foi o primeiro jogador da história da NBA a ser eleito MVP (melhor jogador) da temporada regular, All-Star Game e playoffs em uma mesma temporada. É por essas e tantas outras que Willis cravou o nome no Basketball Hall of Fame em 1982