Com estreia para fevereiro, Fox Sports coleciona dúvidas
- Márcio Maio
- Direto de São Paulo
Disposto a bater de frente com o Sportv no Brasil, a Fox Sports já tem seu lançamento confirmado para o dia 5 de fevereiro. Mas, às vésperas de iniciar sua transmissão, muitas são as indefinições que dão um ar de mistério ao marketing que gira em torno desse lançamento - que teve direito até a uma festa no Copacabana Palace, na última segunda-feira.
O fato é que nenhuma operadora de televisão a cabo assinou até agora com a empresa, a grade completa do canal ainda não foi divulgada e alguns de seus apresentadores contratados, como a atriz Tammy Di Calafiori, ainda não discutiram "o perfil de um programa que combine" com seus estilos.
"Esse é um processo natural de negociação. Mas as conversas estão adiantadas e em breve deveremos ter novidades sobre essa questão", ameniza Gustavo Leme, vice-presidente do grupo Fox no Brasil, quando questionado sobre a indefinição de onde os telespectadores conseguirão assistir à emissora.
O que é certo é o direito de transmissão da Copa Libertadores da América, da Copa Sul-Americana, do Campeonato Inglês de futebol, do Brasil Open de tênis e de corridas da Nascar.
Além disso, dentro das 2.500 horas de programação própria que o canal promete por ano, estão inclusos cinco programas gravados em externas e nos estúdios montados no bairro Cosme Velho, na zona sul do Rio de Janeiro: o informativo Central Fox; o Intervalo Fox, durante as partidas esportivas; o interativo Parada Fox Sports, os boletins De Primeira e a mesa de debates Fox Sports Show.
"Depois dos Estados Unidos, o Brasil é a região mais importante para nós. Por isso, buscamos novas oportunidades", avalia Carlos Martinez, presidente do grupo da Fox na América Latina. "A Fox Sports é o canal de esportes número um em toda a América Latina. Estamos confiantes de que será assim aqui também", torce ele.
Sobre o empenho em conseguir o direito de transmissão de outros grandes eventos esportivos e obter nomes de grande visibilidade para a equipe, o vice-presidente do canal e responsável pelo canal no País, Eduardo Zebini, adota um discurso genérico: "nossa expectativa é a de conquistar cada vez mais espaço. É claro que temos interesse em negociar determinados direitos de transmissão, mas é preciso que as pessoas que detêm esses direitos queiram negociar conosco também".
Especula-se que a emissora venha enfrentando dificuldades para conseguir se acertar com Sky e Net, grandes operadores nacionais de televisão fechada. A estratégia, por enquanto, é tentar encaixar o canal na frequência do já existente Speed (de propriedade do grupo Fox), que seria extinto e inserido dentro da própria grade da nova emissora.
Canal admite negociação com Bandeirantes, mas não confirma acordo
Outra forma de se fortalecer seria a compra - a princípio já acordada, mas não divulgada ainda por questões burocráticas - do Bandsports. "Temos muitas negociações diferentes na busca por conteúdo, não só com a Bandeirantes. Mas, por enquanto, não há nada fechado", desconversa Carlos Martinez.
Entre os contratados para essa fase de lançamento do canal estão o ex-árbitro Carlos Simon e o jornalista Paulo Julio Clemente, como comentaristas; os narradores Éder Reis, Hamilton Rodrigues, João Guilherme e Marco de Vargas; os repórteres Victorino Chermont, André Cavalcante, Fernando Caetano, Flávio Winick e Juliana Rios; e os apresentadores Eduardo Elias, Anita Paschkes, Erich Pelitz, José Ilan, Renata Cordeiro e Tammy Di Calafiori.
Erich e Tammy, ambos atores, estavam sem trabalhos em vista na televisão aberta e foram contratados para atrair o público jovem. "Sempre curti e pratiquei esportes, inclusive futebol. Acho que tenho muito a aprender com a Fox e as pessoas que estão trabalhando comigo agora", diz a carioca, que também será vista em breve em um dos episódios da série As Brasileiras, da Globo, gravado antes que ela assinasse contrato com o canal esportivo.
-t89ld8pqqss0.jpeg)
