Financiamento de Londres 2012 não está protegido de cortes
O financiamento para a Olimpíada de Londres em 2012 não está protegido dos cortes de gastos necessários para colocar sob controle o déficit público recorde da Grã-Bretanha, disse o ministro da Cultura e dos Esportes, Jeremy Hunt.
Uma das primeiras tarefas do novo governo de coalizão do primeiro-ministro David Cameron será identificar grandes economias no orçamento, enquanto são tomadas medidas para combater o déficit que está em mais de 11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
"O dinheiro olímpico não está protegido", disse Hunt à BBC, ao ser questionado sobre quais cortes seriam feitos por seu departamento.
"Nenhum dos orçamentos do Departamento de Cultura, Mídia e Esportes está protegido e estamos olhando a todos eles e dizendo: será que podemos poupar esse dinheiro sem afetar nossos serviços básicos?".
Hunt disse que, se os cortes planejados se espalhassem de forma uniforme por todos os departamentos do governo, o seu departamento precisaria poupar cerca de 66 milhões de libras (R$ 173 milhões).
O governo planeja um corte inicial de 6 bilhões de libras (R$ 15 bilhões) este ano.
"Isso é algo com que todos os departamentos do governo têm de se responsabilizar", disse.
A construção do Parque Olímpico está dentro do cronograma e do orçamento de 9,3 bilhões de libras (R$ 24 bilhões).
No entanto, em março um comitê parlamentar advertiu que os Jogos de Londres enfrentavam uma situação financeira "apertada", com apenas 194 milhões de libras (R$ 510 milhões) disponíveis para cobrir novos riscos nos preparativos para 2012.
O prefeito de Londres, Boris Johnson, disse à BBC que, embora o orçamento não estivesse protegido, a Autoridade Pública Olímpica já havia feito economias consideráveis e esperava fazer mais até o momento que o projeto fosse concluído.