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Oposição pedirá investigação contra ministro do Esporte

15 out 2011 - 15h17
(atualizado às 15h24)
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Diogo Alcântara
Direto de Brasília

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira, disse neste sábado que vai entrar até terça-feira com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR), na Controladoria-Geral da União (CGU) e no Tribunal de Contas da União (TCU) para que os órgãos investiguem as denúncias de desvios de verba no ministério do Esporte, em reportagem publicada pela revista Veja. "Tomamos (PSDB) a dianteira tão logo soubemos das denúncias", disse o deputado.

Para Nogueira, o fato de um ex-militante do PCdoB fazer denúncias sobre o ministro torna o cenário mais grave, exigindo assim uma investigação mais aprofundada. "Essa não é a primeira vez que denúncias são recorrentes no ministério do Esporte. Agora uma pessoa que foi ligada ao PCdoB fazendo denúncias graves chama mais a atenção", disse.

De Guadalajara, no México, onde acontecem os jogos Pan-Americanos, Orlando Silva se defendeu e disse que as denúncias feitas pela revista são políticas e "caluniosas".

Denúncias

Segundo denúncias da revista, diversos membros do PCdoB, capitaneados pelo ministro, faziam parte do esquema de irregularidades envolvendo convênios com ONGs. A presidência do partido disse que ainda está lendo as denúncias e que não tem uma resposta oficial. Fontes no governo afirmam que a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 elevaram a importância da pasta.

Investigações passadas apontavam diversos membros do PCdoB como protagonistas das irregularidades, mas é a primeira vez que o nome do ministro é mencionado por um dos suspeitos, o policial militar João Dias Ferreira, como mentor e beneficiário. O esquema pode ter desviado mais de R$ 40 milhões em oito anos.

De acordo com Ferreira, as ONGs recebiam verbas mediante o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor dos convênios. Orlando Silva teria recebido, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério, uma caixa de papelão cheia de cédulas de R$ 50 e R$ 100 provenientes da quadrilha. Parte desse dinheiro, acusa a Veja, foi usada para pagar despesas da campanha presidencial de 2006.

Fonte: Terra
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