À sombra de Prass, Bruno vira conselheiro de jovens no Verdão
Há 16 anos no Palmeiras, Bruno cresceu no clube sabendo da pressão que enfrentaria ao suceder Sergio e, principalmente, Marcos na meta alviverde. Depois de faturar a Copa do Brasil e ser rebaixado no Campeonato Brasileiro no mesmo ano, o goleiro viu a diretoria trazer Fernando Prass para ser titular, mas não deixa de se dedicar ao clube em que nasceu.
De volta à reserva no Verdão, Bruno garante não ter recebido propostas para deixar a Academia de Futebol e aposta na história para reconquistar a confiança do técnico Gilson Kleina e dos dirigentes para estender a permanência no Palestra.
"Não tive proposta para sair. O Prass é uma excelente pessoa e estou usando esse momento para aprender com ele, como pude aprender com Marcos, Sergio e o (preparador de goleiros) Carlos Pracidelli, que voltou à Seleção Brasileira. Estou bem empenhado em querer renovar, já que o contrato acaba neste ano. São 16 anos de clube e 28 de idade, tenho muito orgulho disso e minha prioridade é renovar por três, quatro, dez anos", projetou o arqueiro à Rádio Bandeirantes.
Enquanto não retorna à condição de titular, o camisa 1 revelou ter encontrado uma nova função dentro do elenco palmeirense. "Com tudo o que aconteceu, perdi minha posição, mas continuei treinando. Chegou muita gente nova, muitos meninos e com apenas 28 anos sou um dos mais experientes. Esses meninos não sabem muito bem o que é o Palmeiras e a torcida. Já que não estou sendo usado em campo, faço essa função de mostrar pra esses garotos como funciona o time", ressaltou.
Cria das categorias de base do Verdão, Bruno lamentou a pressão sobre as revelações do clube, mas teceu elogios à atual geração. "Agora tem mudado com Patrick Vieira, Bruno Dybal, Diego Souza e Vinicius", destacou o arqueiro, que aproveitou para exaltar seus feitos no clube: "No gol, o Deola começou jogando, mas depois eu assumi e fui o primeiro goleiro a ser campeão depois do Marcos. E ainda fui eleito o melhor da Copa do Brasil."
Já sobre a nova diretoria, comandada pelo presidente Paulo Nobre, Bruno não tem do que reclamar. Sem criticar diretamente o ex-presidente Arnaldo Tirone e o dirigente Roberto Frizzo, o goleiro valorizou o trabalho de Omar Feitosa e José Carlos Brunoro, gerente de futebol e diretor executivo, respectivamente. "São pessoas que temos bastante diálogo. Temos a liberdade de chegar para perguntar alguma coisa, tirar uma dúvida", finalizou.