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Maestro de 74, Ademir pede Palmeiras calmo na Arena lotada

18 abr 2015 - 07h59
(atualizado às 08h00)
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"A arte tranquila de Ademir da Guia mais uma vez sobrepujou a neurose de Rivelino e o nervosismo de Silvio Pirilo, espelho da angústia do Corinthians e seu torcedor". A narração é do clássico Canal 100 sobre a final do Campeonato Paulista de 1974, quando o Palmeiras bateu o Corinthians por 1 a 0 em um Morumbi lotado de corintianos, mas também pode ser uma lição para a equipe alviverde vencer o rival no próximo domingo na Arena Corinthians, pela semifinal do mesmo Estadual. Quem fala isso é o próprio Ademir da Guia, craque daquela equipe campeã 41 anos atrás.

A Segunda Academia de Ademir da Guia (à dir.) calou 100 mil corintianos em 1974
A Segunda Academia de Ademir da Guia (à dir.) calou 100 mil corintianos em 1974
Foto: Acervo / Gazeta Press

"A pressão ali era mais deles. Fomos campeões em 72 e 73, e eles estavam há 20 anos sem ganhar título. Nós jogamos mais tranquilos e nos aproveitamos disso", conta o maior camisa 10 da história do Palmeiras.

Em 74, o Corinthians viu a chance de encerrar um jejum de 20 anos sem títulos ao enfrentar o Palmeiras, bicampeão brasileiro, na final do Paulista. Depois de um empate por 1 a 1 no Pacaembu, o título foi decidido diante de 120 mil espectadores, mais de 100 mil alvinegros e cerca de 10 mil palmeirenses, no Morumbi. No final, a pressão em cima do time de Rivelino pesou contra a calma da Segunda Academia, comandada por Ademir. O atacante Ronaldo marcou aos 24min do segundo tempo, e obrigou o Corinthians a esperar mais três anos para levantar novamente uma taça.

A situação atual é totalmente diferente. Não só o Corinthians conquistou o Campeonato Brasileiro, a Libertadores e o Mundial nos últimos anos, como também só perdeu um jogo no seu novo estádio, na estreia contra o Figueirense, em maio do ano passado. Já o Palmeiras tenta se reeguer depois de quase ser rebaixado novamente no Campeonato Brasileiro em 2014. Exatamente por causa da fase oposta, Ademir pede que o Palmeiras não se preocupe tanto com a vitória, mas trabalhe para sempre estar em decisões como a de domingo.

Fora de clássico, Leandro Pereira prevê angústia pela TV:

"Eu acho que o bom do futebol é você poder chegar nesses jogos. Você faz o trabalho desde o começo do ano para poder chegar neste momento e jogar um clássico. Claro que o ideal é chegar à final, você trabalha para chegar nela, mas o importante é sempre estar disputando esses jogos", comenta Ademir.

Se em 74 o Palmeiras contava com o maior jogador da história do clube usando a camisa 10, quem veste o manto hoje é o chileno Valdivia. Depois de meses afastado por causa de uma lesão na coxa esquerda, o meia está voltando aos gramados, inclusive sendo decisivo na vitória por 1 a 0 contra o Botafogo-SP nas quartas de final. O "Divino" admite que Valdivia é um jogador capaz de dar a cadência de jogo necessária para a equipe alviverde segurar os nervos na Arena lotada, mas pede paciência do torcedor com o atleta.

"A gente sabe que ele está voltando de uma contusão. É importante que ele esteja ao menos junto com o grupo. Não sei se ele vai começar jogando. Mas ele é muito importante para que o time consiga jogar", analisa Ademir da Guia.

Fonte: EFuroni Conteúdo Editorial
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