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Ainda sem definir futuro, Valdivia volta aos treinos no Palmeiras

15 jun 2012 - 15h50
(atualizado às 19h50)
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Felipe Held
Direto de São Paulo

Ainda sem definir a permanência no Palmeiras, o meio-campista Valdivia retornou aos treinos no clube alviverde nesta sexta-feira, na Academia de Futebol. Sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, o chileno participou normalmente da parte física e até da atividade em campo reduzido os jogadores que não começaram como titulares contra o Grêmio, na última quarta, pela Copa do Brasil.

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Além da presença do camisa 10, outro jogador chamou a atenção no treino desta sexta. O zagueiro Danilo, que atualmente atua na Udinese e teve boa passagem pelo clube alviverde entre as temporadas de 2009 a 2011, visitou os ex-companheiros no centro de treinamento da Barra Funda.

Durante as atividades, os titulares realizaram um breve aquecimento no gramado e depois seguiram para a academia para recuperar a parte física. A única preocupação foi com Maikon Leite, que logo sofreu uma pancada no rosto e deixou o treino com as mãos no olho esquerdo. Ele ficou em repouso e depois reapareceu fazendo tratamento com gelo, mas não deve ser problemas. A única baixa confirmada é o lateral direito Artur, com uma lesão muscular.

Felipão ainda não definiu o time que enfrenta o Vasco neste domingo, às 16h (de Brasília), na Arena Barueri. Com a boa vantagem construída na partida de ida da semifinal da Copa do Brasil, na vitória sobre o Grêmio por 2 a 0, em Porto Alegre, o treinador palmeirense poderá escalar o time com alguns titulares neste próximo fim de semana.

O que motiva Scolari a relacionar os principais jogadores diante dos cariocas é a fase ruim no Campeonato Brasileiro. O time alviverde divide a lanterna com o arquirrival Corinthians e somou apenas um ponto em quatro jogos disputados, mas Valdivia deve seguir de fora.

Os próximos dias serão decisivos na trajetória do chileno como jogador do Palmeiras. Depois de conceder uma entrevista coletiva na última quinta para explicar o episódio do sequestro relâmpago sofrido na semana passada, ele afirmou que está muito abalado com o ocorrido e colocou em cheque a continuidade no clube.

A mulher do jogador, Daniela, já definiu que permanecerá em Santiago ao lado dos familiares e também dos dois filhos do casal, sem chance de retorno ao Brasil. Valdivia afirmou que tentará fazê-la mudar de idéia, mas reconhece a dificuldade da missão.

Entenda o caso:

Valdivia foi vítima de um sequestro relâmpago na noite da quinta-feira, dia 7 de junho, na Avenida Sumaré, na zona Oeste de São Paulo. O jogador foi rendido um homem armado e ficou durante quase três horas como refém até ser libertado na frente da Academia de Futebol, na Avenida Marquês de São Vicente. O chileno não sofreu ferimentos e teve R$ 1 mil roubados (máximo permitido para saques em caixas eletrônicos no horário).

No momento do sequestro, Valdivia estava acompanhado da mulher, Daniela Aránguiz, que ficou impressionada com o acontecimento e pediu para retornar ao Chile. O camisa 10 foi dispensado da partida de sábado (dia 9) contra o Atlético-MG, no Estádio do Pacaembu, e autorizado a viajar a Santiago na manhã da sexta. O meio-campista havia dito que se reapresentaria na segunda (11).

Em entrevista à emissora chilena TVN, porém, Daniela disse que havia sofrido uma tentativa de agressão sexual dos sequestradores e frisou que não regressaria a São Paulo. "Quando ficamos sozinhos, ele (sequestrador) tentou me tocar. Eu não posso voltar ao Brasil. Tínhamos uma vida, compramos um apartamento, mas eu e meus filhos não vamos voltar", assegurou.

Ciente dos problemas, o Palmeiras admitiu alongar o prazo para que Valdivia se reapresentasse. Gerente de futebol da equipe alviverde, César Sampaio declarou que o meia estava "bem abalado" com o ocorrido e que era necessário "respeitar o lado humano e dar o apoio necessário". O dirigente afirmou que o camisa 10 deveria retornar "quando estivesse bem" e "com a cabeça no clube".

Valdivia, aliás, não se reapresentou na data inicialmente marcada e faltou ao treinamento realizado na manhã de 11 de junho. O meia, porém, embarcou na companhia do pai (e sem a mulher) em Santiago a caminho do Brasil para se reapresentar ao Palmeiras. Contudo, o volante Claudio Valdivia, irmão mais novo do palmeirense, informou que o atleta está disposto a deixar o Palestra Itália.

"A ideia é voltar ao Brasil para conversar com os dirigentes e chegar a um acordo. O Jorge não está bem e viajará nosso pai com ele, para que veja o assunto do contrato. Talvez seja possível ver uma cláusula para deixar (o Palmeiras) e jogar em outro país. Ele quer estar com a família e não conseguirá isso lá (no Brasil)", disse Claudio Valdivia, que chegou a defender o Palmeiras B durante a primeira passagem do chileno pelo clube.

Na quinta (14), Valdivia deu entrevista na Academia de Futebol do Palmeiras e relatou o caso de sequestro aos jornalistas. O chileno admitiu que sofreu ameaças de morte durante o período em que esteve com o criminoso e que ficou abalado por vários dias. Durante a entrevista, inclusive, o camisa 10 não garantiu permanência no clube do Palestra Itália.No dia seguinte, entretanto, Valdivia voltou a treinar com o restante do elenco em preparação para o duelo contra o Vasco da Gama, pelo Campeonato Brasileiro. Após a movimentação, o chileno, os representantes e a diretoria alviverde se reuniram e definiram que ele permanecerá no Palmeiras, ao menos, até o final da participação do time na Copa do Brasil.

Valdivia dá detalhes de sequestro em coletiva; veja:
Fonte: Terra
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