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Após gesto a Zeca Urubu, Valdivia era o principal alvo da Mancha

7 mar 2013 - 18h31
(atualizado às 19h54)
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Os cerca de 20 torcedores que causaram confusão com jogadores do Palmeiras nesta quinta-feira, no Aeroparque Jorge Newbery, em Buenos Aires, tinham Valdivia como principal alvo, tanto que até feriram Fernando Prass ao arremessar uma xícara em direção ao meia. Reação decorrente de um ódio que aumentou após o chileno fazer um gesto obsceno em direção a Zeca Urubu, membro da Mancha Alviverde que já trocou agressões com o volante João Vitor e o lateral direito Fabinho Capixaba.

A relação entre o camisa 10 e a principal torcida uniformizada do clube já não é boa há algum tempo. Por isso, ainda no aquecimento para o jogo contra o Tigre, nessa quarta-feira, o jogador foi chamado de baladeiro e bêbado, entre outros xingamentos com palavrões. Como resposta, colocou a mão em seu órgão genital e apontou com o dedo diretamente para Zeca Urubu.

Apesar de o recado dado por Valdivia ter sido particular, os membros da Mancha presentes se enfureceram. Mesmo após uma noite de janta "tranquila", na palavra de um deles, a cobrança com palavrões ao encontrar Wesley na área do Free Shop do aeroporto lembrou a outros a possibilidade de encontrar o chileno.

Valdivia conversava tranquilamente com um membro da delegação em uma mesa da lanchonete e, segundos antes de ser avistado, ficou sozinho. O meia arregalou os olhos quando ouviu alguns de cerca de 20 torcedores perguntarem "Cadê o cara?" e logo depois gritarem "olha ele ali", apontando em sua direção.

Os membros da Mancha correram para agredir o jogador, que se levantou e logo os companheiros formaram um paredão à sua frente. Revoltados, os protestantes passaram a atirar o que viam em cima das mesas. Entre copos e taças que voaram, uma xícara acabou quebrando na parede e os estilhaços causaram um corte na cabeça de Fernando Prass, que precisou levar três pontos para conter o sangramento - membros da Mancha dizem que não queriam acertar o goleiro, mas o chamam de "mão-de-couve".

Os torcedores foram contidos com a chegada da polícia do Aeroparque. Foi quando um dos dois seguranças do clube na delegação aproveitou para esconder Valdivia no banheiro e ficar postado à frente da porta para evitar problemas. Na sequência, Henrique, Bruno e Wesley encararam a intimidação de alguns membros da Mancha até conseguirem acalmar os ânimos.

"Atravessei o campo e ouvi agressões diretas ao Valdivia antes do jogo. Ele é um ser humano. Falei que não pode responder à torcida, mas não tem sangue de barata", defendeu o presidente Paulo Nobre. "Há um torcedor que corriqueiramente tem esse tipo de atitude e o Valdivia pode ter trocado algum xingamento, mas isso não justifica", prosseguiu.

Mesmo contestado por torcedores, o chileno tem apoio da diretoria. "O Valdivia não tem regalia nenhuma, mas a atitude dele neste ano tem de ser elogiada. Falavam que ele ia para bloco de carnaval ou em camarote em desfiles, mas ficou se tratando e foi aos jogos. Tem uma atitude exemplar em campo. É inegável a qualidade do Valdivia e ele tem total apoio", disse o presidente.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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