Após golaços em Ceni, Robinho ignora críticos que "não sabem nada"
Em sua primeira temporada no Palmeiras, Robinho já recebeu uma placa pelo golaço encobrindo Rogério Ceni em chute do meio-campo no Palestra Itália, em 25 de março, pelo Campeonato Paulista. Nesse domingo, voltou a aproveitar saída de bola errada do ídolo são-paulino para garantir o empate que manteve o seu clube em quarto lugar no Campeonato Brasileiro. E resolveu desabafar contra seus críticos.
“Falam que não tenho talento, que só me dedico, mas não ligo para isso. Não me importo muito com a opinião das pessoas. Às vezes, as pessoas não sabem nada ou não gostam do nosso time ou de mim”, apontou o meio-campista, que terminou o Choque-Rei desse domingo como capitão, prova da confiança de Marcelo Oliveira em seu futebol.
O técnico aumentou a ofensividade do Verdão quando o time perdia por 1 a 0 e, entre Lucas e Robinho, preferiu trocar o lateral direito, que estava improvisado como volante, para colocar Kelvin no ataque – e Lucas passou sua faixa ao camisa 27, herói do Verdão no clássico. Fã de Robinho, o comandante até se surpreende com as críticas ao meio-campista.
“Nunca ouvi críticas ao Robinho. É um prazer trabalhar com ele novamente. Tem boa técnica e pode jogar na esquerda, na direita, no meio. É muito importante. Não é marcador demais, mas tem corrido muito. Na preleção, brinquei com ele e disse: ‘está na hora de brincar de rede novamente’. Foi premiado pelo esforço durante o jogo”, aplaudiu Marcelo Oliveira, que já tinha comandado Robinho no Coritiba.
“Faço meu trabalho e o que mais importa é o que meus companheiros e meu treinador pensam. A diretoria e o treinador confiam muito em mim. Eu estava mal realmente no jogo e ele não me tirou. Isso mostra que o treinador confia”, comemorou Robinho, celebrando, ainda mais, o ponto que manteve a equipe na zona de classificação para a Libertadores.
O meia até esqueceu o golaço de março sobre Ceni antes de repetir a dose, de mais perto da área, nesse domingo. “Não pensei naquele gol em nenhum momento, nem antes do jogo. Eu só estava pensando no jogo e em se manter no G4, não perder. O mais importante não é nem o gol, é que nos mantemos no G4, e em um clássico. Isso nos dá mais força para seguirmos firmes no campeonato”, apontou o jogador.