Após operação, Prass adota cotoveleira de skatista para voltar a jogar
Uma das principais esperanças da torcida para evitar o rebaixamento do Palmeiras, Fernando Prass tem grande chance de voltar a jogar contra o Botafogo, no dia 8, e com um adereço que buscou para sentir menos as consequências das cirurgias no cotovelo direito. O goleiro tem treinado e seguirá atuando com uma proteção para skatistas.
Em busca de proteção no local operado, o veterano conta que tentou diversos materiais. Testou cotoveleiras para jogadores de vôlei e também de kevlar, uma espécie de espuma, usada por ciclistas. Mas nenhum dos dois amorteceu o impacto como Prass queria. A solução foi no adereço de skatista, que se molda ao corpo e utiliza gel internamente.
"Falaram que amortecia até 90% do impacto e, para testar, coloquei e comecei a dar cotoveladas com força na parede da loja. Devo até ter assustado os vendedores, mas precisava testar", sorriu Prass, que, fez questão de, para provar a confiança no material, colocar a cotoveleira na parede da Academia de Futebol e desferir socos fortes.
O incômodo no cotovelo direito é um dos principais obstáculos para a recuperação do goleiro. O veterano conta que ainda sente dores, mas suportáveis e que, de acordo com o que tem evoluído em quase cinco meses de recuperação, está certo que sumirão em breve. A ideia é que treine normalmente com o elenco, com a mesma exigência dos colegas de posição, até quinta-feira.Seria o desfecho de um complicado tratamento. Prass operou por conta de fratura em maio e não encontrou nenhum parâmetro para saber quando tempo ficaria fora. Em agosto, voltou a sofrer intervenção para retirar pinos e fios do local, já que estavam tornando insuportáveis os treinos com bola. Nesta semana, enfim, intensificou os exercícios sob o comando do recém-contratado preparador de goleiros Oscar Rodriguez.
Enquanto não joga, Prass já viu Bruno pedir para sair do clube e Fábio e Deola acumularem falhas na campanha que deixa o Palmeiras na zona de rebaixamento. O titular, contudo, faz questão de estar presente no máximo que pôde, chegando a viajar para Santos com o elenco e sempre entrando nos vestiários dos jogos no Pacaembu, até participando de preleções.
"É um líder, o nosso capitão, um cara que respeito muito. Contra o Vitória, estava nos vestiários do Pacaembu e foi ele que falou antes de o time jogar. Dentro de campo, dispensa comentários a importância dele, mas, ausente no momento, tem uma presença fora em que se torna também muito importante no vestiário, tem nos ajudado muito", contou Marcelo Oliveira.