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Choro, furada e mais: veja vexames do Palmeiras no Palestra

19 nov 2014 - 08h27
(atualizado em 6/8/2015 às 07h10)
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Quem nunca chorou na própria casa? Quem somente sorriu, vibrou e teve felicidades no seu amado lar? Não é possível ter apenas alegrias nem mesmo naquele ambiente em que mais gostamos de estar. Assim é com você, comigo e com um clube de futebol. O Palmeiras reencontrará, nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), diante do Sport, a sua linda e reformada "residência". Agora batizado como Allianz Parque, o velho Palestra Itália voltará a receber uma partida oficial do clube alviverde depois de aproximadamente quatro anos.

O Palmeiras mais ganhou do que perdeu no estádio. Isto está provado em números. As glórias? Foram várias (relembre aqui). Porém, nas 1572 vezes em que atuou dentro da única e eterna casa, o time paulista também perdeu (mais precisamente em 189 ocasiões) e chorou. Chorou porque passou vexame, algo que, nos últimos anos, tem se tornado rotineiro para o maior campeão nacional do futebol brasileiro.

Para esfriar o coração antes do reencontro com o estádio mais alviverde do planeta, relembre, abaixo, os piores momentos do Palmeiras em seus 90 anos de eterno amor (e também dor) com o Palestra Itália.

Quebra de tabu e pior derrota de clássico

O Palestra Itália estava a apenas um ano de festejar o seu 20º aniversário como dono do Parque Antarctica e enfrentou o rival São Paulo no estádio pela fase única do Campeonato Paulista de 1939. O que não esperava, porém, era sofrer um massacre histórico que pode render gozações até os dias de hoje: o time alviverde caiu por 6 a 0 para os tricolores em sua própria casa e viu o rival encerrar um tabu de três anos sem triunfar sobre o Palestra Itália em competições estaduais. Além disto, aquela goleada é, até hoje, a maior já sofrida pelo Palestra Itália/Palmeiras em clássicos contra o São Paulo. Tinha que ser logo dentro de casa?

Anticlímax após festa por Corinthians

Quando o Corinthians perdeu de maneira surpreendente para o Comercial às 11h do dia 24 de novembro de 1985, milhares de palmeirenses correram para as bilheterias a fim de comprar ingressos para o duelo diante do XV de Jaú, mais tarde, no Palestra Itália. Se antes a classificação para as semifinais do Campeonato Paulista era improvável, agora, então, estava separada por uma simples vitória sobre o já desinteressado time do interior de São Paulo dentro de casa. A festa estava armada. Porém, a zebra resolveu passear nos domínios alviverdes, e o XV de Jaú venceu, de virada, o Palmeiras por 3 a 2. A equipe alviverde perdeu a vaga para a fase de mata-mata e viu a Ferroviária jogar com a Portuguesa por um lugar na decisão. Que feio...

Romário e Vasco fazem Palestra Itália chorar

Intervalo da final da Copa Mercosul de 2000 no Palestra Itália. Palmeiras 3 x 0 Vasco, com gols de Arce, Magrão e Tuta no primeiro tempo. Título sul-americano garantido para o time alviverde, certo? Errado. Em uma virada poucas vezes vista na história do futebol brasileiro, a equipe carioca marcou quatro vezes na etapa final, com três de Romário e um de Juninho Paulista, e ficou com o título em plena casa palmeirense, que madrugou em lágrimas.

(Foto: Getty Images)

Retranca (ao contrário) dentro de casa

O Palmeiras entrou em campo, no Palestra Itália, para não perder do Fluminense pela primeira fase do Campeonato Brasileiro de 2001. O time paulista já vinha em crise e havia acabado de demitir o técnico Celso Roth, conhecido por utilizar formações defensivas. Márcio Araújo, comandante palmeirense no jogo contra os tricolores, porém, manteve a postura extremamente conservadora. Mandou a campo três zagueiros, seis meio-campistas e apenas um atacante. Como castigo, viu o Palmeiras cair por incríveis 6 a 2 dentro de casa mesmo depois de abrir o placar antes dos 5min. O então promissor meia Roger Flores fez até gol olímpico.

(Foto: Getty Images)

Prazer, Asa de Arapiraca

Não é exagero dizer que o Asa de Arapiraca teria metade da fama que possui hoje se não fosse o Palmeiras. Na primeira fase da Copa do Brasil, o time alagoano enfrentou os paulistas como franco atiradores e conseguiram classificação histórica. A equipe alviverde caiu por 1 a 0 na ida, em Alagoas, e, na volta, precisando vencer por dois ou mais gols de diferença no Palestra Itália, fez apenas 2 a 1. Foi eliminado em casa, para o então desconhecido Asa de Arapiraca. Na fase seguinte, o clube alagoano foi goleado pelo Confiança-SE por 4 a 0, externando a sua fragilidade.

Furada para os livros de história

2003, o ano de reconstrução após o rebaixamento para a segunda divisão nacional começou de maneira positiva para o Palmeiras, com a classificação nas primeiras fases da Copa do Brasil sobre Operário-MT e Criciúma. Nas oitavas de final, porém, uma derrota por 7 a 2 para o Vitória em pleno Palestra Itália eliminou o time alviverde de maneira nunca vista antes. O lance mais simbólico da partida foi uma furada do goleiro Marcos, que só acertou o vento ao sair do gol para chutar a bola e originou o sétimo tento baiano. Na volta, o Palmeiras conquistou uma vitória inútil por 3 a 1, em Salvador.

(Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Era só empatar e eliminar...

O Campeonato Paulista de 2004 havia acabado. Agora, o que importava para o Palmeiras era a Copa do Brasil, e a fase já era a de quartas de final. O time alviverde empatou o primeiro jogo diante do Santo André por 3 a 3 no ABC Paulista e, assim, precisava apenas vencer no Palestra Itália para conseguir a vaga, que viria também com empates por 0 a 0, 1 a 1 e 2 a 2. O Santo André só avançaria se vencesse ou em caso de um pouco provável empate por 4 a 4. Incrivelmente, foi exatamente isto o que aconteceu. Em noite infeliz de Marcos, os andreenses buscaram uma espetacular igualdade por quatro gols e embalaram antes de faturar o principal título de sua história.

(Foto: Marcelo Ferrelli/Gazeta Press)

Edmundo também erra

Coube ao atacante que é, curiosamente, um dos maiores ídolos da história do Palmeiras ser o vilão da surpreendente eliminação alviverde na Copa do Brasil de 2007. Diante do Ipatinga pela segunda fase, o time paulista perdeu por 2 a 0 no Vale do Aço, mas venceu em São Paulo pelo mesmo placar, com gols ainda no primeiro tempo. Sem balançar as redes na etapa final, o Palmeiras precisava apenas triunfar nos pênaltis, mas um chute de Edmundo para fora na cobrança decisiva manteve vivo o time mineiro. Nas alternadas, Amaral bateu na trave e Luciano Sorriso carimbou a eliminação do Palmeiras em pleno Palestra Itália.

(Foto: Gazeta Press)

Ah, pelo menos o Corinthians caiu, vai...

Na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2007, o Palmeiras do técnico Caio Júnior dependia apenas de si para garantir uma vaga na Copa Libertadores do ano seguinte. Para isso, bastaria vencer em casa o Atlético-MG, que apenas cumpria tabela na última rodada da competição nacional. Os mineiros, porém, surpreenderam e venceram por 3 a 1, tirando os palmeirenses do torneio sul-americano e classificando o maior rival, Cruzeiro. No fim, os torcedores alviverdes que lotaram o Palestra Itália em um domingo ensolarado só comemoraram quando o placar eletrônico confirmou o empate de Grêmio e Corinthians por 1 a 1, que rebaixou os alvinegros para a Série B do Campeonato Brasileiro.

(Foto: Fernando Pilatos/Gazeta Press)

Para quê fazer jogo despedida? Me diz!

O último jogo oficial do antigo Palestra Itália já havia sido feito: vitória contundente do Palmeiras por 4 a 2 sobre o forte Grêmio pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2010. Não estava bom deixar escrito nos livros de história que a última partida no estádio havia terminado com este placar? Para a diretoria do clube alviverde, não. Menos de dois meses depois do confronto com os gaúchos, o Palmeiras voltou a entrar em campo no Parque Antarctica, desta vez para enfrentar um fragilizado Boca Juniors no fechamento oficial do estádio. Resultado? Com o lema de que “nunca faz amistosos”, o time argentino surpreendeu os paulistas e triunfou por 2 a 0. Precisava disto? 

(Foto: Keiny Andrade/Getty Images)

Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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